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Sindicato dos Bancários da Bahia aprova estado de greve a partir de amanhã

Em Assembleia Geral Extraordinária realizada na última segunda-feira (09) o Sindicato dos Bancários da Bahia aprovou o indicativo de greve por tempo indeterminado no Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal a partir  desta sexta-feira (13).

Segundo o Sindicato, desde junho que o sindicato está negociando as pautas. Nesta terça-feira, as propostas foram recusadas por três bancos e aceita apenas por uma instituição.

“Desde junho entregamos a pauta de reivindicação. A luta dos bancários não é só sobre salário e sobre os bancários, é uma luta que vem se travando há muito tempo, com a defesa até do próprio cliente, que é quem gera o lucro. Vemos muitas agências fechadas, você vê cidades pequenas, quando você tem uma agência fechada, aquela economia daquele município sai toda, porque as pessoas vão para outra localidade e não voltam para comprar naquele comércio. Agências fechadas em Feira de Santana, bancários sendo demitidos, a população sendo prejudicada”.

O acordo em vigor estava valendo entre os anos de 2022 e 2024. Agora, com o acordo vencido, novas rodadas de negociações precisaram ser realizadas. Segundo Edmilson, foram 13 rodadas para se discutir o aumento para a categoria.

“Os banqueiros fizeram de tudo para tirar os direitos que a gente tem conseguido, mas foi finalmente fechado um acordo onde manteve os direitos e eles têm um percentual de 1.10 para 2024 e 1.10 para 2025 de aumento, queria que fosse assim os juros que eles cobram aos clientes, de 1.10 ao ano, só que não é o que acontece. Após fechado o acordo, os bancários da rede privada aceitaram, só que na redação de alguns bancos, vieram coisas que não foram discutidas, não foram colocadas em mesa”.

Uma dessas pautas que não estava em acordo foi a permissão que o banco pode ter para demitir um funcionário concursado, como explicou Edmilson Cerqueira.

“Pegadinhas como que o banco tem a permissão de demitir sumariamente uma pessoa concursada, por exemplo. No caso do plano de saúde da Caixa, os funcionários entravam com 30% e a Caixa, em contrapartida, entrava com 70%. Houve uma mudança governamental nas estatais, botou 50% a 50%, inviabilizando o plano de saúde dos funcionários. Então, nas negociações, que era isso que estava na convenção, o banco não alterou. Caixa, Banco do Brasil e o Banco Regional de Brasília não aceitaram as redações na assinatura deste acordo. Por isso, eles rejeitaram a proposta e estão propondo greve a partir de sexta-feira por tempo indeterminado na Bahia, Sergipe e em quase todo o Brasil”, explicou.

Fonte: Blog do Valente

Por: Pretta Passos