Grupo ainda vive sob a sombra de seu maior líder; plano frustrado pela PF representaria vingança por transferência de criminosos para presídios federais
Condenado por tráfico e homicídio, Marcola, que está em presídio federal de Rondônia, era um dos presos que facção pretendia resgatar Divulgação
Uma das hipóteses da Polícia Federal para explicar a motivação do plano da maior facção criminosa do país de sequestrar o senador Sergio Moro (União-PR) e o promotor de Justiça Lincoln Gakiya é que fosse uma vingança por medidas que ajudaram a desarticular a cúpula da organização.
Hoje, sua soltura é considerada questão de honra e tida como um importante elemento agregador da facção.
Aos 54 anos, Marcola está encarcerado de forma ininterrupta desde 1999, condenado a mais de 300 anos de cadeia por homicídio, tráfico de drogas, formação de quadrilha, roubo e outros crimes. Mas isso não impediu que assumisse o comando da organização em 2002.
“Marcola é uma liderança muito emblemática desta facção, que funciona como um colegiado. Ele se tornou o grande mandachuva do grupo e exerceu essa função mesmo preso sob o regime disciplinar diferenciado, em presídios de segurança máxima, antes da transferência para fora de São Paulo”, explica Renato Sérgio Lima, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
“Soltá-lo não é só questão de honra. Demonstraria a força bélica e a unidade da organização para as autoridades”.
Por Johanns Eller — Rio>O Globo
Por Alberval Figueirêdo