Republicano transforma acusação em campanha, arrecada US$ 8 milhões e é recebido por George Santos
Donald Trump adiciona mais um aspecto de ineditismo à sua carreira política nesta terça-feira (4), quando se torna o primeiro ex-presidente dos Estados Unidos réu por uma acusação criminal, feito que soma à lista de ter sido a primeira pessoa eleita à cadeira máxima do país sem experiência anterior em cargo público e o primeiro a ser alvo de um processo de impeachment na Câmara duas vezes.
No mais recente ato de sua pré-campanha para a Casa Branca no ano que vem, o republicano deixou a Trump Tower por volta das 13h no horário local, ergueu o punho, em gesto que faz desde que assumiu a Presidência, em 2017, e foi à corte no sul da ilha de Manhattan abarrotada de jornalistas e apoiadores.
No jargão americano, para ser detido após “se entregar” à Justiça, o que significa que foi fichado pela polícia e ouviu as acusações de que é alvo no caso que envolve a compra do silêncio da atriz pornô Stormy Daniels durante a eleição de 2016. Ela recebeu US$ 130 mil (R$ 659 mil) de advogados do então candidato para não revelar um suposto affair com ele, e os gastos foram lançados como “despesas jurídicas”, o que seria uma maquiagem de gastos de campanha, segundo investigações.
“Indo para o sul de Manhattan, o tribunal. Parece tão SURREAL —UAU, vão ME PRENDER. Não posso acreditar que isso está acontecendo na América. MAGA [sigla em inglês para faça a América grande de novo, o slogan do republicano]!”, publicou ele a caminho da corte em sua rede social, a Truth.
Os trâmites no tribunal não foram transmitidos ao vivo, mas o juiz Juan Merchan permitiu que fotógrafos fizessem algumas imagens do processo.
Folha
Por Alberval Figuerêdo