O significado do feriado do 2 de Julho, data que marca a real independência do Brasil, pode ser ecoado em todo o país em um futuro próximo. Esta é a intenção do governador Jerônimo Rodrigues (PT), que afirmou que irá pedir ao ministro da Educação, Camilo Santana, a inclusão dos fatos deste marco histórico nos livros didáticos de ensino escolar.
O governador, professor de formação, citou o apagamento do 2 de Julho como o grande marco da saída definitiva dos portugueses do território nacional, quando índios e mestiços baianos lutaram e venceram as tropas do país colonizador, e a necessidade de dar novos significados ao processo de Independência do país.
“A Independência do Brasil se deu aqui na Bahia, os últimos portugueses foram expulsos aqui. Os livros de História, Geografia, não contam isso, ainda negam à história do povo brasileiro. A história contada atualmente não fala de heróis e heroínas negras e indígenas, e sempre nos é negado. Temos que recontar essa história”, declarou Jerônimo nesta quarta-feira (14), durante o anúncio do Plano de Ações do Governo da Bahia para a celebração dos 200 anos do 2 de Julho.
“Vamos propor para que o ministro Camilo, da Educação, possa acolher com tranquilidade. Não estamos inventando história, queremos que os livros da gente resgatem on que foi a história de cada um, das revoltas, inclusive aqui, com a Revolta de Canudos, por exemplo”, disse o petista, que quer aproveitar a possível vinda do presidente Lula (PT) para a celebração da data no início do próximo mês para estender o seu apelo.
“Vamos sim levar ao ministro, ao presidente Lula, ele podendo estar aqui no 2 de julho conosco, podemos entregar o documento solicitando que os livros contem esses capítulos”, garantiu.
O Governo lançou o plano envolvendo diferentes secretarias e órgãos estaduais, realizando mais de 40 atividades cívicas, pedagógicas e artístico-culturais em Salvador, em todos os 27 territórios da Bahia, na capital federal Brasília, e ainda em Buenos Aires, na Argentina.
O objetivo é deixar um legado para o estado, além da internacionalização da memória desse importante marco histórico para o Brasil.
“Esse evento apresenta uma programação para o ano de 2023, não só para o 2 de Julho, uma programação que queremos fazer por mais cinco anos, uma década, fazendo com que nossa história seja contada, e que a gente possa se sentir orgulhoso do que fizemos pela independência do Brasil”, assegurou Jerônimo.