Em meio a lacunas normativas, empresas vendem produtos de cânhamo e serviços que miram a importação de remédios
Poliana Rodrigues, 33, fundadora da FloYou, que produz calcinhas absorventes de cânhamo, durante a ExpoCannabis Brasil, em São Paulo –
Desde que os primeiros pedidos para importar produtos medicinais derivados da Cannabis foram aceitos pela Anvisa, em 2015, o órgão emitiu mais de 235 mil autorizações —80,6 mil no primeiro semestre deste ano.
O uso medicinal da maconha tem ganhado força diante de doenças como epilepsia e esclerose, mas, como o cultivo da planta é proibido no Brasil, é preciso recorrer à importação —que pode ser feita individualmente ou intermediada por empresas— ou a associações de pacientes que obtiveram habeas corpus coletivo para o plantio.
“Essas associações estão encabeçando o desenvolvimento do mercado”, diz Getúlio Reale, pesquisador do grupo Cannabis, Mercados e Sociedade, do IFRS (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul). “Elas não têm fins lucrativos, mas desenvolvem uma gestão de negócio que pode ser aproveitada no futuro.”
Da Redação
Por Alberval Figueirêdo