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Ex-ministros da Defesa apoiam Múcio rejeitam enquadrar militares e buscam apoio de Jaques Wagner

Quatro ex-titulares conversaram com Wagner, cotado para voltar ao posto após crise

 

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Senador Jaques Wagner (PT)

A permanência do ministro da Defesa, José Múcio, no cargo, foi defendida em uma rara reunião virtual entre cinco ex-integrantes da pasta na manhã desta quarta (11).

O grupo composto por Nelson Jobim, Aldo Rebelo, Raul Jungmann e Fernando Azevedo pediu o encontro com Jaques Wagner, que serviu no posto brevemente em 2015, no segundo governo de Dilma Rousseff (PT).

Senador pelo PT-BA, Wagner tem sido lembrado pelos petistas que querem a cabeça de Múcio, acusado de fraqueza no trato com as Forças Armadas na crise que culminou com os ataques de radicais bolsonaristas às sedes dos três Poderes em Brasília, no domingo (8).

Wagner concordou na defesa de Múcio com seus colegas, que representavam quatro diferentes governos: Lula 1 e 2 (Jobim), Dilma (ele e Rebelo), Michel Temer (Jungmann) e Jair Bolsonaro (Azevedo). Os cinco também se colocaram contrários à ideia corrente entre apoiadores do presidente de que é preciso mudar o perfil do ministério para enquadrar os militares.

Segundo esse plano, Múcio daria lugar a Wagner ou a outro petista para que as Forças Armadas fossem submetidas a um “choque de democracia”, na palavra de um desses petistas. Essa medida consistiria da retirada do domínio de promoções de oficiais-general das Forças para a Presidência e da intervenção no currículo das academias militares.

Folha>Figueiredo