A força dos ventos baianos sobram oportunidades de negócios, investimentos e empregos nos municípios
Os ventos trazem boas notícias para a Bahia. O estado é o maior representante de energia eólica do país: 34% de todo o volume produzido no Brasil vem dos parques instalados em território baiano. São mais de três centenas espalhadas do norte ao sul do estado.
Mais precisamente 312 parques, com 18 deles inaugurados somente nos dois últimos anos, segundo dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). A força desses números e dos ventos baianos traz sinal de oportunidades de negócios, investimento e emprego.
Segundo a CCEE, só entre janeiro e agosto deste ano, os mais de 300 parques baianos complementaram a oferta de energia do país com 2,2 mil megawatts médios, um aumento de 21% quando comparado aos 1,8 mil megawatts médios entregues no mesmo período do ano passado para o Sistema Interligado Nacional (SIN).
Para se ter uma ideia, a capacidade de produção instalada na Bahia tem mais da metade da potência da usina hidrelétrica de Itaipu, que é líder mundial em produção de energia limpa e renovável.
Vice-presidente da CCEE, Talita Porto destaca que além de expressivos, os números baianos nesse setor são constantes, principalmente quando comparado com regiões litorâneas, onde a sazonalidade é mais evidente em função das rajadas de ventos em determinadas épocas do ano.
Geograficamente, ela cita como diferenciais competitivos do estado duas características específicas: uma safra de ventos justamente durante o período de seca das hidrelétricas e a predominância de ventos noturnos, que possibilitam maior complementariedade à energia solar, que só se realiza durante o dia.