Proposta é coletar assinaturas para encaminhar o documento às autoridades nacionais e parlamentares
O Manifesto pela Nacionalização da Refinaria Landulpho Alves (RLAM) foi lançado, ontem, para ressaltar a importância de devolvê-la ao patrimônio da Petrobras. Dentre as pautas, estavam os impactos gerados na população e o destaque do papel histórico no desenvolvimento econômico da Bahia e na proteção energética do país.
Com a proposta de coletar assinaturas para encaminhar o documento às autoridades nacionais e aos parlamentares, o evento na sala da Congregação da Faculdade de Direito da Universidade Federal da Bahia (Ufba) contou com a participação da Associação dos Engenheiros da Petrobras, núcleo Bahia (Aepet-BA), Sindicato dos Professores das Instituições Federais de Ensino Superior da Bahia (Apub-BA) e do Centro Acadêmico Ruy Barbosa (Carb).
Dentre os principais problemas, estão os preços que chegam aos consumidores. Segundo o levantamento do Observatório Social do Petróleo, a gasolina em Mataripe, atual RLAM, custou, entre dezembro de 2021 e outubro de 2023, 5% mais caro do que a Petrobras.
O diesel S-10 A ficou 2,5% mais caro e o gás de cozinha ficou 21%. É considerada uma tragédia social pela Aepet-BA somar todos os 4,3 milhões de m³ de gasolina e 7,8 milhões de m³ de diesel vendidos no mercado nacional desde que foi privatizada, com despesas a mais que chegam aos R$ 1,5 bilhão para o consumidor final.
Além disso, os investimentos privados e internacionais prometidos também não foram verificados. “A Petrobras acabou de anunciar que vai investir R$ 10 bilhões na refinaria em Minas Gerais nos próximos três anos para modernização e ampliação.
Enquanto isso, o fundo Mubadala anunciou que vai investir na RLAM, a segunda maior do país, com apenas 12 bilhões em dez anos. Essa é a desproporção. O discurso da atração de investimento, sem a capacidade da Petrobras investir, não sustenta”, pontua Marcos.
Por Alberval Figueirêdo