Bloco do ditador da Venezuela envolveria países da América Latina e do Caribe; o novo governo brasileiro já reatou relações diplomáticas com a ditadura
Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula
O ditador venezuelano, Nicolás Maduro (foto), disse na quinta-feira (12) que conversou com Lula (PT; foto) sobre formar um “bloco político” aliado à Rússia e à China.
Ele deu a declaração em discurso anual à Assembleia Nacional, o órgão legislativo controlado pelo regime.
O ditador da Venezuela também afirmou ter conversado com outros líderes latino-americanos de esquerda, em específico, os presidentes da Colômbia, Gustavo Petro, e da Argentina, Alberto Fernández.
O bloco sugerido envolveria países da América Latina e do Caribe.
“Eu estava conversando sobre isso com o Lula no telefone outro dia, pessoalmente com o presidente Gustavo Petro, estava conversando sobre isso com o presidente da Argentina, Alberto Fernández. Uma nova hora está chegando, uma hora especial para unir esforços e caminhos da América Latina e do Caribe para avançar na formação de um poderoso bloco de forças políticas, de poder econômico que fala ao mundo“, disse Maduro.
O ditador se refere à atual ascensão da esquerda no continente, com Petro; Fernández; Gabriel Boric, no Chile; e o próprio Lula, que reatou as relações diplomáticas do Brasil com o seu regime.
Esse “bloco político” construiria “novos polos de poder” em aliança com os autocratas da China e da Rússia, Xi Jinping e Vladimir Putin, os quais Maduro chama de “irmãos mais velhos”.
“Essa comunidade de destino compartilhado de que fala nosso irmão mais velho, o presidente Xi Jinping. A humanidade como uma comunidade de destino compartilhado. Ou daquele mundo multipolar e multicêntrico de que fala nosso irmão mais velho, o presidente Vladimir Putin”, disse o ditador.
“Para que esse mundo chegue, é preciso um bloco latino-americano e caribenho unido e avançado”, acrescentou.
Anntagonista> Alberval Figueiredo