A Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) realizou, nesta segunda-feira (17), o 1º Simpósio sobre a Febre do Oropouche, reunindo especialistas e autoridades de saúde no Gran Hotel Stella Maris, em Salvador.
O evento busca aprofundar o conhecimento e discutir estratégias de enfrentamento da Febre do Oropouche, uma doença viral emergente na região, transmitida pelo mosquito Culicoides paraensis, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora.
A iniciativa da Sesab vem em resposta ao aumento significativo de casos da doença no estado. Desde março deste ano, foram confirmados 691 casos em 48 municípios baianos, com os primeiros registros em Valença e Laje.
A doença, caracterizada por sintomas como febre, dor de cabeça e dores musculares, demanda atenção especial devido à sua semelhança com outras arboviroses, o que reforça a necessidade de diagnósticos precisos.
A secretária da Saúde do Estado da Bahia, Roberta Santana, destacou a importância do evento durante seu discurso de abertura: “Este simpósio marca um momento crucial na saúde pública do nosso estado. Nosso objetivo é compartilhar conhecimentos, trocar experiências e definir estratégias eficazes de vigilância, diagnóstico e controle da Febre do Oropouche.
A colaboração de especialistas renomados e instituições como o Ministério da Saúde, Fiocruz e Organização Pan-americana de Saúde (Opas) é fundamental para enfrentarmos esse desafio com a seriedade e a competência que a situação exige”.
A programação do simpósio inclui mesas-redondas e apresentações com temas variados, como o cenário epidemiológico da Febre do Oropouche nas Américas e no Brasil, ações de vigilância entomológica e epidemiológica, e estratégias de diagnóstico e manejo clínico.
Destaque para a participação de pesquisadores da Região Amazônica, que já têm experiência com a doença, e especialistas que abordarão o perfil dos pacientes diagnosticados tanto na Bahia quanto em outras regiões do Brasil.
O evento contu com palestrantes como Carlós Frederico Campelo de Albuquerque e Melo, da OPAS – Organização Pan America de Saúde e Daniel Garkauskas Ramos, do Ministério da Saúde, que trazem uma visão abrangente sobre a disseminação e controle da doença nas Américas e no Brasil. Além disso, o simpósio ainda debateu as melhores práticas de vigilância e manejo clínico com foco na experiência da Região Amazônica, onde a doença já é mais conhecida.
Para a diretora da Vigilância Epidemiológica da Bahia, Márcia São Pedro, “a realização deste simpósio representa um passo significativo na luta contra a Febre do Oropouche, visando não apenas o controle da doença, mas também a qualidade do atendimento aos pacientes”, ressalta.
Secom/BA>>>Por Alberval Figueirêdo