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Aposentadoria abaixo de um salário mínimo: este é o futuro que o presidente do BC quer para trabalhadores

MISÉRIA NA VELHICE

 

No que depender do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, aposentados e aposentadas podem passar a receber menos do que um salário mínimo por mês.

Durante evento do mercado financeiro na última semana, Campos Neto voltou a defender a proposta de desindexar o piso da Previdência do salário mínimo. E também quer reduzir os recursos vinculados à saúde e à educação. Desindexar significa justamente isso: permitir que o valor da menor aposentadoria seja inferior ao salário mínimo.

Para o presidente do Banco Central, ações como “desindexação do salário mínimo da Previdência e a desvinculação de saúde e educação” são “medidas muito boas, que seriam um choque positivo e ajudariam muito neste momento”.

A fala de Campos Neto, que já defendera essas ideias em outras ocasiões, encontrou na ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, uma aliada: em entrevista ao jornal Valor Econômico, Tebet defendeu que a aposentadoria seja corrigida pela somente pela inflação, deixando de ser puxada pelo aumento real do salário mínimo que é política do governo Lula (PT).

No governo, Tebet tem encontrado resistência em posições como a da presidente do PT, deputada Gleise Hoffmann. Para ela, são “ideias muito ruins, que contrariam o programa de governo eleito em 2022”.

Conforme a deputada, medidas como a desvinculação entre a aposentadoria e o salário mínimo, “se adotadas, iriam prejudicar diretamente milhões de aposentados e alunos de escolas públicas, a população que precisa ser protegida pela ação do estado, ações estas garantidas na nossa Constituição. É no mínimo preocupante que sejam defendidas pela ministra Simone Tebet. Responsabilidade fiscal não tem nada a ver com injustiça social”.

Jornais como O Globo, Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo vêm enfileirando editoriais para defender medidas desse tipo. Também vêm publicado repetidas reportagens, com “especialistas” escolhidos a dedo para reforçar a defesa da agenda derrotada nas eleições de 2022.

Por Alberval Figueirêdo