Campos Neto enquadra rotativo do cartão de crédito e cobra “reequilíbrio”
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, reafirmou que é preciso “achar um reequilíbrio” para os juros rotativos do cartão de crédito. A decisão, para ele, deve passar pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
Campos Neto intensificou as discussões com Ministério da Fazenda e com setores como varejo e de bares e restaurantes. A maior preocupação, segundo ele, é a extinção do “crédito parcelado sem juros”.
“Ninguém quer fazer nada que tenha impacto abrupto no consumo. Ninguém propôs em nenhum momento acabar com o parcelado sem juros”, comentou.
As declarações foram dadas em entrevista transmitida pelo site Poder360, nesta quinta-feira (17).
A movimentação ocorre após Campos Neto defender acabar com o rotativo. Para ele, crédito poderia ir direto para o parcelamento, onde a taxa é de cerda de 9% (181% ao ano). Em junho, o patamar do rotativo atingiu 437,25%.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, desde o início do terceiro mandato do presidente Lula, tenta negociar uma redução com os bancos, mas ainda não obteve sucesso.
No começo do mês, ele conversou conversou com Isaac Sidney, presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban); Milton Maluhy, CEO do Itaú; Octávio Lazari, do Bradesco; Mario Leão, do Santander; e André Esteves, presidente do BTG Pactual.
Durante o encontro, ressaltou que o crédito rotativo é o maior problema de juros do país. Uma mesa de negociação foi formada e deve apresentar soluções em até 90 dias.
DaRedação
Por Alberval Figueirêdo