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Depois de seis anos, é que TSE analisa contas do PROS e diz que tem que devolver R$1,8 milhão

Partido teve suas contas relativa ao ano de 2017 desaprovadas por unanimidade pelo plenário do Tribunal Superior Eleitoral

PROS terá que devolver mais de 1,8 milhão aos cofres públicos

Ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) desaprovou a prestação de contas do Diretório Nacional do Partido Republicano da Ordem Social (PROS) referente ao exercício financeiro de 2017 na sessão desta terça-feira (7).

Por unanimidade, o Colegiado acompanhou o entendimento do ministro Alexandre de Moraes, relator e presidente da Corte, e determinou à legenda a devolução aos cofres públicos do valor de R$ 1.893.583,78, devidamente atualizados e mediante recursos próprios.

Foi constatado ainda que o partido não aplicou percentual mínimo de 5% dos recursos do Fundo Partidário em programas de promoção e difusão da participação política das mulheres e determinou a aplicação de R$ 517.670,76.

Entre as irregularidades nas contas da legenda apontadas pelo ministro, foi citada a aplicação irregular de recursos públicos, entre outros, em passagens aéreas, na reforma e na pintura de residência particular.

NOTA DA REDAÇÃO

Duas situações causam muito estranheza. Primeira é que somente agora, seis anos depois que o Tribunal Superior Eleitoral analisou a prestação de contas do Diretório Nacional do Partido Republicano da Ordem Social (PROS) referente ao exercício financeiro de 2017.

E a segunda mais grave ainda. O TSE comprovou que o partido usou recursos públicos para reforma e pintura de residência particular.  E ficou por isso mesmo porque o TSE exigiu, apenas, a devolução aos cofres públicos do valor de R$ 1.893.583,78, devidamente atualizados e mediante recursos próprios. Sim, e o presidente do partido não é responsabilizado  criminalmente ? 

Plenário aprova homenagem ao presidente do Congresso Nacional e do Senado, Rodrigo Pacheco — Tribunal Superior Eleitoral

Diante do TSE levar seis anos para analizar as contas do partido PROS referente a 2017, podemos questionar quando serão analizadas as contas de 2018, 2019, 2020, 2021, 2022, 2023.

Pelo comportamento atual do TSE essas contas serão analizadas da seguinte maneira: as de 2018, serão analizadas em 2024 . As de 2019 serão analizadas em 2025. As de 2020 serão analizadas em 2026. As contas de 2021 serão analizadas em 2027. As contas de 2022 serão analizadas em 2028 e as de 2023 em 2029. É correto esse comportamento do Tribunal Superior Eleitoral ? E a análise das contas dos outros 32 partidos existentes, como estão?

Fundo Eleitoral, dinheiro do povo

Para as eleições de 2022 foi destinado o  montante de R$ 4.9 bilhões o que representa a maior soma de recursos já destinada ao Fundo Eleitoral desde a sua criação, em 2017. Os recursos foram distribuídos entre os 32 partidos políticos registrados no TSE com base em critérios específicos. Mais uma vez, o Partido Novo (Novo) renunciou ao repasse dos valores para financiar as campanhas eleitorais de candidatas e candidatos da legenda e sua cota será revertida ao Tesouro Nacional.

Mais dinheiro do povo
 
O Fundo Partidário, distribuiu mais de R$ 1 bilhão ao longo de 2022 para 24 partidos.

Para 2023 o orçamento prevê R$ 38,8 bilhões para emendas parlamentares.

Só na eleição do ano passado -2022 – foram repassados para os partidos  R$ 43,9 bilhões. E o povo, recebeu algum benefício?

Da Redação por Alberval Figueiredo

Antagonista