Na Argentina, presidente Lula disse que projeto da moeda comum deve ser construído com “muito debate” e defendeu financiamento do BNDES
Buenos Aires e Brasília – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu nesta segunda-feira (23/1), em Buenos Aires, a criação de uma “moeda comum” para transações comerciais entre Brasil e Argentina. O petista ponderou, no entanto, que o instrumento precisa ser construído com “muito debate”.
O mandatário brasileiro lembrou que Brasil e Argentina chegaram a ter uma “experiência” parecida em 2008, quando brasileiros e argentinos puderam fazer transações comerciais pagando em suas respectivas moedas. O petista admitiu, porém, que o modelo não deu certo.
BNDES
Lula também defendeu o financiamento do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) a obras em outros países, incluindo o gasoduto que levará xisto de Vacamuerta, na Argentina, ao Brasil. “Vamos criar as condições para fazer o financiamento que a gente puder fazer para ajudar no gasoduto argentino”, disse.
O presidente brasileiro lembrou que tinha “orgulho” de quando o BNDES tinha mais recursos para financiar obras num país da América do Sul. “Porque é isso que os países maiores têm que auxiliar os países que têm menos condições em determinados momentos históricos”, declarou.
BNDES vai voltar a financiar
Mais tarde, em discurso a empresários, ainda na Casa Rosada, Lula foi ainda mais enfático e afirmou que o “BNDES vai voltar a financiar as relações comerciais do Brasil e vai voltar a financiar projetos de engenharia, para ajudar empresas brasilerias no exterior e para ajudar que países vizinhos possam crescer”.
O petista lembrou que, na crise econômica mundial de 2008, quando era presidente da República, o BNDES evitou que a economia brasileira quebrasse. Segundo ele, o banco de fomento emprestou cerca de R$ 500 bilhões, que ajudaram a “alavancar a economia brasileira”.
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