Votação de taxação de offshores se arrastou e só foi destravada após entrega da Caixa a indicado de Arthur Lira
O presidente Lula (PT) e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), durante solenidade no Palácio do Planalto
Na primeira votação de relevo de interesse do Palácio do Planalto desde a entrada formal de ministros do PP e Republicanos no governo, o plenário da Câmara aprovou nesta quarta-feira (25) a proposta de taxação de offshores e de fundos de super-ricos com amplo apoio do centrão.
O texto, que se arrastou nas últimas semanas em meio à pressão do grupo para conseguir mais espaço na gestão Luiz Inácio Lula da Silva (PT), foi aprovado por 323 votos a 119 no mesmo dia em que o petista demitiu a presidente da Caixa Econômica Federal, Rita Serrano, e indicou para seu lugar um aliado do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
Na primeira votação de relevo de interesse do Palácio do Planalto desde a entrada formal de ministros do PP e Republicanos no governo, o plenário da Câmara aprovou nesta quarta-feira (25) a proposta de taxação de offshores e de fundos de super-ricos com amplo apoio do centrão.
Dos 78 votos do centrão —excluído o oposicionista PL— dados nesta quarta, 64 foram a favor do governo e 14, contra. Dos 41 votantes do PP de Lira, 31 ficaram ao lado do governo e 10 contra, entre eles o presidente da bancada ruralista, Pedro Lupion (PR). No Republicanos, a adesão foi bem maior. Dos 37 votantes, 33 foram favoráveis ao projeto e apenas 4, contra.
Por Alberval Figueirêdo