Ex-presidente diz que não se vacinou, e PF suspeita de uso de dados falsos para gerar certificado
Coronel Mauro Cid carregando uma pasta preta ao lado do presidente Bolsonaro
A suposta inserção de dados falsos no sistema do Ministério da Saúde trouxe novamente à tona o cartão de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) —um dos mais de 1.000 temas colocados em sigilo na gestão passada.
A Polícia Federal suspeita que dados falsos de vacinação tenham sido inseridos em registros do SUS do ex-presidente para emitir um certificado, e no início deste mês cumpriram mandado de busca e apreensão em endereço de Bolsonaro e de prisão contra seus ex-assessores Mauro Cid e Max Guilherme.
Na última terça-feira (16), Bolsonaro prestou depoimento à PF sobre a investigação do caso. Ele disse que não determinou a inserção de dados falsos na sua carteira de vacinação e na de sua filha. Também afirmou que só teve conhecimento da adulteração quando esse tema começou a ser divulgado pela imprensa, em fevereiro deste ano.
Nesta quinta-feira, às 14h30, será a vez do depoimento do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e suspeito de ter comandando um esquema de fraude no cartão de vacinação do presidente.
Folha
Por Alberval Figueirêdo