Membro da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Valmir Assunção pôs em cheque a celeridade dos trabalhos da comissão, após mais uma sessão agitada nesta terça-feira (13), em Brasília.
Valmir acredita que a CPI iniciou munida de preconceitos, com o relatório que deve ser elaborado ao fim dos trabalhos, já “pronto” antecipadamente, que mostra uma ofensiva planejada contra o MST.
“Acredito que pelo andamento dessa comissão mostra nitidamente que já tem um relatório pronto. Esse relatório é para criminalizar movimentos sociais e populares no Brasil. O objetivo central é perseguição”, aponta.
Segundo o petista, os argumentos apresentados hoje por Francisco Graziano, presidente do Incra no governo de Fernando Henrique Cardoso (FHC), não invalidam a necessidade de uma reforma agrária no país, motivo da luta do movimento social.
“Nós sabemos que a reforma agrária é necessária pela questão social, econômica e ambiental. Para o desenvolvimento do país, temos que democratizar o acesso à terra, melhorar a renda do povo, e pela questão ambiental preservar rios, a natureza. E a reforma agrária cumpre esse papel”, defendeu.