Atacado pelas indicações que fez ao conselho da Petrobras, ministro de Minas e Energia diz que a lista de nomes foi aprovada pelo presidente da República
Alvo de fritura por parte de lideranças do PT, o ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira, diz que que não há disputa política no governo e nem divergência entre ele e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em relação às indicações para o conselho da Petrobras.
“Tudo isso é especulação. Eu só não estou mais entrosado com o Lula do que a Janja”, disse ele ontem, reagindo a um dia de muita tensão no eixo Brasília-Rio de Janeiro, onde fica a sede da Petrobras.
Desde que aterrissou na companhia, na segunda-feira (27), a lista de oito indicados para o conselho foi atacada no petismo. Interlocutores de Lula no partido e em seu entorno passaram a dizer que Silveira incluiu no grupo pessoas que não teriam sido aprovadas por Lula. Um político chegou inclusive a difundir a versão de que houve “trairagem” de Silveira com o presidente da República.
A tensão aumentou depois que o Planalto mandou trocar um dos indicados, o engenheiro da Petrobras e ex-secretário de Energia do Rio de Janeiro Wagner Victer, pelo economista Bruno Moretti, da Unicamp e do PT. Além disso, o governo pediu à Petrobras para adiar a data da assembleia de acionistas, que estava prevista para o dia 7 de abril, porque cogitava trocar mais pessoas.
Da Redação
Por Alberval Figueirêdo