Denis Macedo é acusado de desviar dinheiro da merenda escolar
Um esquema criminoso de desvio de verbas públicas do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), no município de Belford Roxo, na Baixada Fluminense, é alvo de uma operação da Polícia Federal (PF) deflagrada na manhã desta terça-feira. Na Operação Fames, os agentes cumpriram um mandado de prisão contra o secretário municipal de Educação, Denis Macedo.
Ainda estão sendo cumpridos 21 mandados de busca e apreensão. As medidas judiciais foram expedidas pela 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro e estão sendo cumpridas na capital fluminense e em municípios da Baixada Fluminense.
A Polícia Federal (PF) apreendeu na manhã desta terça-feira ( 09/07) o equivalente a mais de R$ 2 milhões em espécie nas casas de alvos de busca e apreensão em uma operação que investiga fraude em merenda escolar em Belford Roxo, na Baixada Fluminense (RJ).
A primeira apreensão foi de 300 mil euros (cerca de R$ 1,8 milhão), na casa de um empresário em um condomínio de luxo na Barra da Tijuca, Zona Oeste.
A segunda foi de R$ 360 mil, também em cédulas, na residência de um servidor da Secretaria Municipal de Educação (Semed/BR), em Nova Iguaçu, também na Baixada.
Ao todo, a PF cumpre 21 mandados de busca e apreensão contra um esquema apontado pela PF com desvio de R$ 6 milhões e que teria o secretário municipal de educação, Denis Souza Macedo, como principal líder. Contra ele, a PF cumpriu mandado de prisão.
As fraudes eram realizadas com a participação de pessoas jurídicas fornecedoras de merenda escolar e seus dirigentes. O grupo realizava pagamentos superfaturados, baseados em documentação falsa e destinados a empresas que foram contratadas para fornecer os alimentos às escolas, aponta a PF.
A investigação também revelou que o desvio de recursos públicos foi acompanhado do pagamento de vantagens indevidas, por parte das empresas fornecedoras de merenda, a agentes públicos do município de Belford Roxo, os quais se valeram de mecanismos de lavagem de dinheiro para ocultar e dissimular a origem ilícita dos valores recebidos.