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Bolsonaro admite que TSE pode torná-lo inelegível e vê eventual prisão como arbitrariedade

Ex-presidente ainda afirmou, em evento nos EUA, que Michelle não é candidata ao Executivo

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em evento em Orlando, nos EUA, no resort de seu aliado, o ex-presidente republicano Donald Trump

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em evento em Orlando, nos EUA, no resort de seu aliado, o ex-presidente republicano Donald Trump – Chandan Khanna – 3.fev.23/AFP

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta terça-feira (14) que pode voltar ao Brasil no dia 29 de março, mas que estudará a situação do país uma semana antes para tornar definitivo ou não o seu retorno.

Questionado se tentará concorrer ao Planalto em 2026, Bolsonaro respondeu afirmando que não é alvo de acusações de corrupção e mencionou a hipótese de se tornar inelegível pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) por causa de reunião com embaixadores promovida no ano passado na qual criticou, sem provas, o sistema de votação.

“Existe essa possibilidade de inelegibilidade, sim. A questão de prisão, só se for uma arbitrariedade”, disse.

Em evento com brasileiros nos EUA, ele ainda disse que a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro não é candidata a nenhum cargo Executivo, apesar de tê-lo ajudado na campanha eleitoral e, segundo ele, ter habilidades políticas.

 

Folha>Figueirêdo

Agricultura familiar baiana espera aumento de 20% nas vendas na Páscoa 2023

 

A Páscoa está chegando e a agricultura familiar da Bahia está pronta para a época mais doce do ano com a produção de chocolates de qualidade. A expectativa é aumentar as vendas em até 20%, com relação ao ano passado. São ovos de Páscoa, chocolates e bombons produzidos por agricultores e agricultoras familiares do Litoral do Sul do Estado.

Segundo dados da Associação Nacional das Indústrias Processadoras de Cacau, o estado da Bahia é o maior produtor de cacau do país e a região Sul do estado é a mais tradicional, com 80% da produção no sistema cabruca – em que o cultivo do cacau é realizado em meio à Mata Atlântica.

No município de Ibicaraí, a Cooperativa da Agricultura Familiar e Economia Solidária da Bacia do Rio Salgado e Adjacências (Coopfesba), que traz a marca Bahia Cacau, está com sua fábrica a pleno vapor.

De acordo com o presidente da Coopfesba, Osaná Crisóstomo, por lá, a expectativa é de aumento da produção. “Esse ano, pós-pandemia, promete ter um consumo maior e o chocolate é especial nesse período. No ano passado, produzimos 14 mil quilos de chocolate.

Para esse ano pretendemos produzir 17 mil. Estamos trabalhando para ofertar aos nossos consumidores, o melhor chocolate da Bahia”.

Da Redação

Por Alberval Figueirêdo

Jerônimo e Rui batem bola para anunciar novo colégio em Aporá; vídeo

Em publicação nas redes sociais, o governador marca um gol: ‘O Ministro Rui Costa está comigo nessa agenda, olha aí que gol!’

O governador Jerônimo Rodrigues (PT) publicou um vídeo em que bate uma bola com seu padrinho político, o ex-governador e atual ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT). A publicação, para anunciar a inauguração da nova sede do Colégio Estadual de Tempo Integral Áurea dos Humildes Oliveira, em Aporá, mostra Jerônimo marcando um gol.

Em Aporá, onde cumpre agenda no último sábado, o governador esteve em companhia de Rui Costa e secretários. “O Ministro Rui Costa está comigo nessa agenda, olha aí que gol!”, completa.

Da Redação

Por Alberval Figueirêdo

Prefeitura de Valença garante que a Creche Escola Castelo de Areia em Guaibim volta a funcionar nesta quarta (15)

Marcos Medrado agradece os 46.905 votos e promete trabalhar por Valença - Atualiza Bahia

Empresário e radialista Marcos Medrado, âncora do programa Ligação Direta da Valença FM

Em entrevista ao programa Ligação Direta da Valença FM nesta segunda (13) que tem como âncora o empresário e radialista Marcos Medrado, quatro assessoras da secretaria de Educação da prefeitura de Valença garantiram, em nome do prefeito Jairo Baptista(PP), que nesta quarta(15) a Creche Escola Castelo de Areia localizada no distrito de Guaibim voltará a funcionar normalmente.

Segundo elas, a creche funcionará em tempo integral atendendo a 146 crianças com quatro refeições ao dia, e a prefeitura já está providenciando o aluguel de uma outra casa para ampliação do atendimento porque a procura por vagas é muito grande.

O CEAK – Centro Espírita Allan Kardec é a entidade mantenedora da creche e conveniada com a prefeitura que paga a folha de funcionários, merenda escolar e todas as despesas necessárias para seu funcionamento.

Fechamento da Creche

A secretaria de Educação enviou para o programa Ligação Direta quatro assessoras, respectivamente, as professoras  Carla Chirlene – Diretora Pedagógica, Kelly Roseana – Diretora de Ensino, Antonieta – Técnica de Educação Infantil e Kelly Vasconcelos – Coordenadora.

Embora o âncora Marcos Medrado insistisse para que elas dissessem de quem foi a iniciativa de fechar a creche elas se recusaram, entretanto,  matérias divulgadas pela imprensa local afirmam que a decisão foi do CEAK – Centro Espírita Allan Kardec por falta de condições.

Segundo a mesma fonte, o prefeito Jairo Baptista fez reuniões com representantes dos pais de alunos, diretores do CEAK, com o presidente da Câmara de Vereadores, Bertolino Jr, equipe gestora da secretaria e a própria secretária de Educação Albete Freitas.

Ainda de acordo com a matéria, somente depois que o prefeito assumiu o compromisso de tomar medidas de segurança para que os alunos tivessem protegidos, tais como, melhorias na estrutura física do imóvel, melhorias no controle de acesso e contratação de um segurança para monitorar o local, foi que o CEAK aceitou reabrir o imóvel.

Diante dessas informações chegamos a conclusão de que, a prefeitura sabia das dificuldades, mas precisou que os gestores do CEAK tomassem a medida extrema de fechar a creche e os pais ameaçassem fechar rodovias e usassem a Ouvidoria Popular, que é o programa Ligação Direta, para que o problema fosse resolvido. Omissão Lamentável.

Da Redação

Por Alberval Figueirêdo – Jornalista

Governador Jerônimo Rodrigues participa da posse da nova diretoria da UPB em Salvador

 

 

O novo presidente, diretores e conselheiros fiscais da União dos Municípios da Bahia (UPB) tomaram posse na tarde desta segunda-feira (13), na sede da instituição, no Centro Administrativo, em Salvador. A cerimônia contou com a presença do governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, do vice-governador Geraldo Júnior, e secretários de estado.

“Tivemos muito sucesso nessa parceria com o conjunto de políticas públicas. A exemplo do Consórcio de Saúde, as policlínicas hoje, o sucesso que nós temos na Bahia é em função da relação que nós temos com as prefeituras, respeitando o lugar da UPB, respeitando o lugar e o papel de cada prefeito individualmente”, afirmou o governador.

Na cerimônia também ocorreu a transmissão de cargo para o novo presidente da UPB, prefeito de Belo Campo, José Henrique Silva Tigre, conhecido como Quinho.

A transmissão foi feita pelo antigo presidente da instituição, Zé Cocá, prefeito de Jequié, junto com o governador Jerônimo Rodrigues, que também entregou os diplomas de posse aos demais integrantes da diretoria. Os empossados vão assumir o biênio 2023/2024.

Segundo o novo presidente da UPB, Quinho, é um momento diferente para a instituição, que construiu uma chapa única por aclamação.

“Isso mostra que os prefeitos baianos estão unidos em um só desejo, que é o de fortalecer o municipalismo. Então nós teremos pautas importantes, que é a nova PEC 14, que trata da questão previdenciária, a redução do INSS patronal. Estou muito feliz, é um momento novo no país, de reconstrução junto com os municípios”, celebrou.

Secom/Ba> Figueiredo

 

Éden afirma que grupo de Jerônimo terá candidatura própria em Salvador

Presidente estadual destacou que o PT e aliados apresentarão um projeto alternativo ao do atual prefeito

Éden Valadares é presidente do PT Bahia

 

O presidente do PT da Bahia, Éden Valadares, garantiu nesta terça-feira, 14, que a candidatura do grupo político que é liderado pelo governador Jerônimo Rodrigues à Prefeitura de Salvador está mantida para as eleições do próximo ano.

Éden afirmou que a política é “arena da disputa, do embate, da divergência, das contradições” e que algumas dessas contradições, como no plano nacional, se resolvem dialogando, outras no voto. O dirigente usou como exemplo a possível aliança entre o União Brasil nacional e o presidente Lula.

“O União Brasil parece que vai fazer parte da base do presidente Lula, está dialogando com o Governo Federal. Aqui na Bahia, em Salvador e demais cidades baianas, a democracia nos permite um método para resolver essa contradição entre o projeto do DEM [agora UB], de Bruno Reis, de ACM Neto, e o projeto de Jerônimo Rodrigues, do PT, dos aliados, de Rui Costa, Jaques Wagner e Lula, que são as eleições”.

O dirigente estadual disse ainda que o entendimento entre União Brasil e PT na Bahia não passa de “boatos” e acrescentou que o projeto que será defendido pelo grupo para Salvador é mais “humanista e inclusivo”.

“Vamos apresentar à sociedade soteropolitana um projeto alternativo a este que está aí. Um projeto com a cara do PT, com a cara dos governos da Bahia, dos nossos aliados, que é cuidar de gente, um projeto mais humanizado, humanista, que cuide menos de praça, que cuide menos de concreto, que cuide menos de pasteurizar a cidade, mas reconheça as singularidades do nosso povo, das nossas comunidades, e, sobretudo, cuide de gente”, pontuou o petista.

A Tarde>Figueirêdo

Moro ataca Zanin e candidatos ao STF temem ajuda indireta a advogado

Cristiano Zanin defendeu Lula na Operação Lava Jato e é tido como um dos preferidos para o cargo

 

O advogado Cristiano Zanin – Mathilde Missioneiro – 29.ago.2022/Folhapress

 

Apoiadores de candidatos à vaga de Ricardo Lewandowski no Supremo Tribunal Federal (STF) ficaram tensos com as críticas que o senador Sergio Moro (União Brasil) fez ao advogado Cristiano Zanin, que defendeu Lula (PT) na Operação Lava Jato e é tido como um dos preferidos para ocupar o cargo.

CABO ELEITORAL

Eles acreditam que os ataques de Moro a Zanin reavivam em Lula a memória do que definem como perseguição sofrida por ele na Justiça. E reforça ainda mais a preferência pelo defensor, já enaltecido pelo presidente publicamente.

Subprocurador recua e pede que TCU arquive investigação contra Sérgio Moro - Jornal O Globo

Ex-Juiz e hoje senador Sérgio Moro

Moro estaria, assim, reforçando, na prática, a campanha para que o advogado seja indicado — ainda que não perceba.

Folha> Figueiredo

Governo do Estado atende pedido de Marcos Medrado e asfalta estrada que dá acesso ao povoado de Orobó, em Valença

Prosseguem em ritmo acelerado as obras de asfaltamento da principal via de acesso da BA-542 ao povoado de Orobó, em Valença.

Na foto à esquerda  o então governador e hoje ministro da Casa Civil do presidente Lula, Rui Costa e a direita o empresário e radialista Marcos Medrado

As obras estão sendo executadas pelo Governo do Estado, autorizadas pelo então governador e hoje ministro da Casa Civil do presidente Lula, Rui Costa, a pedido do empresário e radialista Marcos Medrado, âncora do programa Ligação Direta da Valença FM.

O asfaltamento dessa via irá trazer inúmeros benefícios socioeconômicos para Orobó, destacando o escoamento da  produção da agricultura familiar para a cidade de Valença e outras localidades, além de oferecer um vetor de crescimento regional.

Da Redação

Por Alberval Figueiredo

Gestão Lula assina contratos milionários com indícios de ‘cartel do asfalto’

Prefeitura ultrapassa meta de 150 quilômetros de asfalto em Porto Velho  durante o ano

O governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou contratos de cerca de R$ 650 milhões herdados de Jair Bolsonaro (PL) que levam para a atual gestão uma série de empreiteiras e condutas suspeitas de prática de cartel em obras de pavimentação.

As empresas contempladas agora e as práticas suspeitas nas concorrências são semelhantes às reveladas no ano passado em auditoria do TCU (Tribunal de Contas da União) sobre a ação de um chamado “cartel do asfalto” a partir de licitações da estatal federal Codevasf.

O governo Lula assinou os contratos e manteve a direção da Codevasf nomeada por Bolsonaro, mesmo com essa e outras fiscalizações do TCU e da CGU (Controladoria-Geral da União) que apontam irregularidades em série, como superfaturamentos, desvios e obras precárias.

A Codevasf foi entregue por Bolsonaro ao centrão e mantida dessa forma por Lula em troca de apoio no Congresso.

A Folha analisou as 56 licitações de pavimentação da Codevasf de 2022, feitas principalmente em dezembro, na reta final de Bolsonaro. Desse total, 47 concorrências levaram à assinatura de contratos em 2023, já sob Lula.

A maior parte das concorrências teve a participação de pelo menos uma empreiteira apontada pelo TCU como suspeita de integrar o “cartel do asfalto”. Os contratos resultantes desse lote somam R$ 650 milhões.

Nesse grupo de licitações, a reportagem encontrou situações que indicam a entrada de empreiteiras apenas para fazer número ou simular competição em concorrências, além da repetição de um padrão de divisão de mercado em regionais da Codevasf verificado pelo TCU.

Uma das tendências é a de baixa competitividade nas licitações.

Em um setor em que há centenas de empresas em condições de disputar obras de pavimentação, as concorrências da Codevasf tiveram, em média, apenas seis participantes para esses novos contratos. A auditoria do TCU mostra que, antes do governo Bolsonaro, a média alcançava o triplo desse valor (18 concorrentes).

Outro indício destacado pelo TCU se refere à queda nos descontos oferecidos pelas empresas nas licitações. Nos pregões de 2022 analisados pela Folha, o desconto médio foi de 11%. Em 2018, o percentual era de 30%.

Um dos casos concretos que chama a atenção é o de uma disputa em Minas Gerais ganha por uma empreiteira do Rio Grande do Norte, que fica a cerca de 1.800 km da regional mineira da Codevasf.

Apesar de o setor de construção pesada ter mais de 200 empresas em Minas Gerais, apenas 4 construtoras entraram na concorrência para um contrato de cerca de R$ 29 milhões.

A licitação foi aberta pelo sistema de pregão eletrônico, pelo qual os lances e comunicações com os pregoeiros são feitos online.

Na abertura, a empreiteira potiguar CLPT fez uma oferta com desconto de apenas 1% em relação ao preço de referência da obra. Outras três construtoras deram lances melhores, com abatimentos de 9,1%, 9% e 5,5%.

Porém, ao serem sucessivamente convocadas para formalizarem suas propostas de acordo com os preços finais, e assim ganharem a disputa, nenhuma das três efetivou a vitória na prática.

Duas delas nem apresentaram a proposta. A outra solicitou a própria desclassificação, “em razão de não possuir atestados suficientes”. Isso abriu espaço para que a CLPT, que tinha dado o pior desconto, levasse o contrato.

Fatos como esse coincidem com situações de risco indicadas em guias de combate a cartéis elaborados pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) e pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), que serviram de base para a auditoria do TCU.

A primeira delas é o número de propostas substancialmente inferiores ao esperado, já que a licitação teve apenas quatro concorrentes e é grande o número de empresas aptas a fazer pavimentações em Minas Gerais.

Outra é a de que “uma empresa foi convocada como vencedora, seja porque apresentou o menor preço/maior desconto, mas não apresentou sua proposta”. No caso de Minas Gerais, essa circunstância atingiu duas das empreiteiras com melhores descontos.

Nessa licitação ainda houve situação que se assemelha a proposta fictícia, “caracterizada por apresentação de proposta por empresa que não tinha condições de atender aos critérios de habilitação”, já que uma empresa pediu a própria eliminação por não ter a documentação suficiente para ganhar o contrato.

A CLPT é a empresa que lidera o ranking de vitórias na Codevasf em 2022 no quesito valor, tendo levado contratos que somam R$ 144 milhões. Segundo a Receita Federal, o sócio-administrador da CLPT é Mario Lino de Mendonça Neto. Ele foi candidato a vice-prefeito da cidade de Upanema (RN) pelo MDB.

A campeã das licitações de 2021, a empreiteira maranhense Engefort, indicada na auditoria do TCU como a então líder do cartel do asfalto, levou contratos que somam R$ 47 milhões para execução na gestão Lula.

Uma das vitórias da Engefort, para um lote de pavimentações no estado do Tocantins, seguiu o mesmo roteiro da licitação de Minas Gerais ganha pela CLPT: desconto ínfimo de 0,01% e eliminação em série das supostas concorrentes.

Como os pregões foram feitos nos últimos dias do governo Bolsonaro, os acordos foram assinados nas primeiras semanas da gestão Lula.

A equipe de transição do governo Lula chegou a usar a Codevasf como mau exemplo de uso de recursos de emendas parlamentares. Parte do grupo avaliou que a estatal deveria se concentrar no desenvolvimento de regiões mais pobres em vez de escoar em pavimentações e maquinários a verba direcionada por congressistas.

Mudanças mais bruscas na Codevasf foram barradas com a decisão do governo de manter a estatal nas mãos do centrão. A ideia é que o engenheiro Marcelo Moreira, nomeado em 2019 com aval da União Brasil, siga na presidência da estatal, e que sejam alterados alguns nomes em superintendências e nas diretorias.

Especialistas ouvidos pela Folha disseram que a estatal poderia ter deixado de assinar os acordos com indícios de cartel.

“Ao longo do procedimento licitatório e até mesmo da execução contratual, a estatal não só pode como deve rever seus atos”, afirmou o professor de direito constitucional da PUC-SP Pedro Estevam Serrano.

Para o advogado especialista em licitações Anderson Medeiros Bonfim, “o compromisso de contratação futura deve ser reanalisado pela estatal na medida em que incidem gravíssimos questionamentos”.

Segundo o ex-diretor da Faculdade de Direito da USP e constitucionalista Floriano Peixoto de Azevedo Marques Neto, a estatal deveria ter aberto um procedimento para investigar as licitações e, se constatada a fraude, anular as concorrências.

Outra empresa apontada pelo TCU como integrante do cartel em 2021, a goiana Mobicon, aparece em terceiro lugar no ranking dos contratos formalizados nos primeiros dias da gestão Lula, com acordos que somam R$ 84 milhões.

Em um dos lotes vencidos pela construtora em Goiás, além dela, houve a participação apenas de outra empresa também apontada como integrante do cartel do asfalto, que só deu um lance inicial com desconto irrisório de 0,0001%. A Mobicon acabou levando o lote dando um abatimento de somente 0,5%.

OUTRO LADO
A Codevasf afirmou que suas licitações seguem a lei e não fixam limites mínimos para número de participantes ou para descontos em relação aos valores de referência.

Procurado, o Planalto não se manifestou sobre os contratos da Codevasf.

O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional afirmou que a Codevasf tem autonomia administrativa, “sendo responsável por suas obras e pela prestação de contas à sociedade”.

A construtora Engefort afirmou que “nunca combinou preços com empresas concorrentes e jamais atuou para fraudar qualquer licitação”.

A empreiteira Mobicon nega que tenha atuado em cartel e sustenta que participa das licitações dentro da legalidade.

A CLPT foi procurada, mas não respondeu.

 

Flávio Ferreira, Artur Rodrigues e Mateus Vargas / Folha de São Paulo

Alberval Figueiredo