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Venezuela fecha fronteiras antes de eleições; presidente do Panamá diz que voo com comitiva de observadores foi impedido de entrar no país

Entre os passageiros do avião estavam a ex-presidente panamenha Mireya Moscoso e chanceleres de outros países. Governo Maduro decretou bloqueio de fronteiras terrestres, aéreas e marítimas válido até a manhã de segunda-feira (29).

Maduro — Foto: Juan Barreto/ AFP

O presidente do Panamá, Jose Raul Mulino, disse nesta sexta-feira (26) que um avião com ex-presidentes a caminho da Venezuela não foi autorizado a decolar devido a um bloqueio do espaço aéreo venezuelano.

Na semana passada, a Venezuela emitiu um decreto fechando as fronteiras terrestres, aéreas e marítimas do país para pessoas e veículos a partir da meia-noite de sexta até as 8h de segunda (29), sob a justificativa de ser uma tentativa de manter a segurança e proteger a eleição presidencial, que ocorrerá no domingo (28).

Ex-presidente do Panamá Mireya Moscoso em avião da Copa Airlines junto com a ex-vice-presidente colombiana Marta Lucía Ramirez em 26 de julho de 2024. — Foto: Reprodução/X

Ex-presidente do Panamá Mireya Moscoso em avião da Copa Airlines junto com a ex-vice-presidente colombiana Marta Lucía Ramirez em 26 de julho de 2024. — Foto: Reprodução/X

Entre os passageiros do avião estavam a ex-presidente panamenha Mireya Moscoso e outros chanceleres, a ex-vice-presidente colombiana Maria Lucía Ramírez e o ex-presidente mexicano Vicente Fox. “A aeronave foi negada a permissão para decolar de Tocumen enquanto eles permanecerem a bordo”, disse Mulino em publicação no X.

Segundo o decreto emitido pela Defesa venezuelana, o fechamento das fronteiras tem o propósito de “resguardar a inviolabilidade das fronteiras e prevenir atividades de pessoas que possam representar ameaças à segurança da República Bolivariana da Venezuela por ocasião da Eleição Presidencial do próximo dia 28 de julho de 2024”.

Nicolas Maduro e Vladimir Padrino assistem desfile militar em comemoração ao 213º aniversário da independência da Venezuela em Caracas

A medida de Maduro é mais uma entre as demonstrações que preocupam a comunidade internacional. Há temores de que o processo eleitoral não seja transparente ou que o presidente, no poder desde 2012, não deixe o cargo caso perca nas urnas.

Maduro já disse que pode haver um “banho de sangue” e uma “guerra civil” no país caso ele não seja reeleito. Ele também rejeitou a presença de diversos grupos de observadores internacionais que iriam ao país acompanhar de perto a votação.

Uma autoridade sênior dos Estados Unidos pediu ao presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, para reconsiderar a decisão de impedir a entrada da comitiva de ex-presidentes no país para que eles possam observar as eleições.

“Nicolás Maduro causou a suspensão de todos os voos da Copa com destino a Caracas e Venezuela,” disse Vicente Fox em um vídeo no Aeroporto de Tocumen, após desembarcar do avião.

Uma autoridade sênior dos Estados Unidos pediu ao presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, para reconsiderar a decisão de impedir a entrada da comitiva de ex-presidentes no país para que eles possam observar as eleições.

“Nicolás Maduro causou a suspensão de todos os voos da Copa com destino a Caracas e Venezuela,” disse Vicente Fox em um vídeo no Aeroporto de Tocumen, após desembarcar do avião.

G1>>>

Por Alberval Figueirêdo