Proteção só é recomendada em casos de sintomas gripais e vacinação deve ser atualizada
Com a nova linhagem EG.5, também chamada de Éris, da Ômicron (variante do vírus da Covid-19) já no país, a partir de um caso em São Paulo, os órgãos da saúde federal, estadual e municipal tranquilizam a população à medida que chamam a atenção para a necessidade da vigilância epidemiológica ativa. Dessa forma, o uso de máscaras continua restrito em casos de sintomas gripais, além da importância de manter a vacinação atualizada.
O Ministério da Saúde (MS) informou que monitora e avalia as evidências científicas atuais em nível internacional e o cenário epidemiológico da Covid-19, seguindo as orientações e informações da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Dessa forma, recomenda a vacinação como principal medida de combate. Desde que a OMS retirou o estado de emergência, em maio deste ano, ainda se mantém a recomendação para que os grupos de maior risco de agravamento pela doença continuem a seguir as medidas de prevenção e controle não farmacológicas.
Isso incluindo o uso de máscaras em locais fechados, mal ventilados ou aglomerações, e para pessoas com sintomas gripais, além do isolamento de pacientes infectados com o vírus SARS-CoV-2.
No entanto, a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) publicou, ontem, uma lista de recomendações para reduzir o impacto de uma possível circulação da linhagem no país, caso haja aumento de casos, como a volta do uso de máscaras faciais pelas pessoas mais vulneráveis, informando que a Organização Mundial da Saúde classificou a EG.5, também chamada de Eris, como uma variante de interesse (VOI) na última semana, sendo identificada em mais de 51 países
A diretora da Vigilância Sanitária da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), Márcia São Pedro, avisa que a OMS, em 9 de agosto, classificou a linhagem Éris como de baixo risco por não apresentar mudanças no padrão de gravidade da doença.
A identificação da nova variante do vírus SARS CoV-2, com mutações adicionais na proteína spike, que ajuda o vírus a entrar nas células humanas, foi pela primeira vez no mês de fevereiro, na Ásia. Desde então, tem se espalhado de forma gradual pelo mundo, especialmente nos Estados Unidos, mudando seu status para VOI. Já a variante BA.4.6 ainda não é considerada como preocupante pela OMS, embora alguns cientistas estejam apontando que possa apresentar indicadores de risco para uma nova onda.
Da Redação
Por Alberval Figueiredo