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Arthur Maia chama ministra do Meio Ambiente de ‘xiita’

O relator do projeto sobre o marco temporal de demarcações de terras indígenas na Câmara, deputado Arthur Maia (União Brasil), ironizou neste domingo (11), “aqueles que defendem a turma dos índios” , ao defender a aprovação do projeto, que está em análise no Senado, defendeu que o país precisa voltar a “ter ordem”. Ele ainda, afirmou que o dilema do governo para aprovação do texto é ter somente 130 deputados alinhados com a base do governo e ter também uma ter uma ‘ministra do Meio Ambiente [Marina Silva] xiita quer fazer do Ibama [Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis] uma arma inimiga do crescimento econômico.

Ao compartilhar em seu perfil no Twitter um vídeo em que três pessoas que seriam indígenas aparecem atirando pedras em uma anta, classificou que a ação contra o animal foi por “maldade” e não para sustento próprio. “Agora me digam uma coisa: querem tanta terra para fazer isso? Espero realmente que o Marco Temporal passe e voltemos a ter ordem no nosso país!”, escreveu. A gravação não tem data ou identificação de onde foi feita.

Arthur Maia afirmou ainda ter recebido a gravação e que queria propor uma reflexão. “Dá para ver claramente, que pelas risadas, a intenção não era comer. A comida eles compram no mercado ou usam cestas básicas do governo. Foi por maldade mesmo. Aliás, é só observar, estavam em um carro de + de R$ 200 mil. Será se teremos deputado(a) fazendo alguma coisa?”, questionou.

Insatisfeito, ainda complementou: Será se a Gretha, Mark Ruffalo, DiCaprio farão textões na internet? Será se a ministra do Meio Ambiente falará algo?”, questionou o deputado em relação à ação.

Por fim, lamentou que o dilema do governo é ter apenas 130 deputados alinhados ideologicamente com a esquerda. “Precisar que o agronegócio continue sustentando a balança comercial; ter uma ministra do meio ambiente xiita quer fazer do IBAMA uma arma inimiga do crescimento econômico”, frisou Maia no Twitter.

A tese do marco temporal estabelece que só poderão ser demarcadas as terras ocupadas por comunidades indígenas em 5 de outubro de 1988, quando a Constituição foi promulgada. O projeto sobre o assunto, relatado por Arthur Maia, foi aprovado na Câmara em 30 de maio, com votos contrários de partidos aliados ao governo. Além de limitar demarcações, pelo texto aprovado, a União poderá retomar as terras concedidas aos indígenas “em razão da alteração dos traços culturais da comunidade ou por outros fatores ocasionados pelo decurso do tempo”.