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Diálogos sobre o clima e os oceanos foram pautas de ações ambientais promovidas pelo Instituto Redemar Brasil, de 06 à 10 de setembro, em Salvador

 

Uma onda azul provida de conhecimento, educação ambiental e fundamentação teórica sobre os temas ligados ao oceano invadiu a capital baiana entre os dias 06 e 10 de setembro. A programação do X Festival da Baleias contou com a II Conferência Oceânica do Brasil, realizada nos dias 06 e 07 no teatro da UNEB – Cabula.

Durante a programação, os voluntários fizeram a limpeza das areias da praia de Piatã, na sexta-feira (08), e no sábado (09), os ambientalistas fizeram expedição para avistamento de baleias, na costa soteropolitana. Para celebrar o sucesso das ações, um show musical foi realizado no domingo (10), na praça Tereza Batista, situada no Pelourinho.

Promovido pelo Instituto Redemar Brasil, as ações ocorreram com a premissa de se elaborar um conteúdo técnico de novas políticas públicas para a inclusão dos oceanos como agenda política. Para William Freitas, diretor Presidente do Instituto, momentos como esses são importantes para se estabelecer o diálogo permanente sobre a saúde dos oceanos. “Esse evento é apenas a ponta para iniciarmos a discussão permanente sobre a vida oceânica. É preciso colocar essa pauta no calendário escolar de educação para que, desde criança, haja a preocupação e o compromisso do cuidado com o mar e os elementos que fazem parte dele, seja nas pautas do congresso nacional e casas legislativas, teledramaturgia e lugares onde haja a voz de uma população consciente”, disse Freitas.

 

Presente na Conferência estava o vereador Augusto Vasconcelos, presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Amazônia Azul, na Câmara Municipal de Salvador. O vereador trouxe o tema Oceano como “Agenda Política” e pôde destacar o trabalho que está sendo feito na casa legislativa em parceria com o Instituto Rede Mar. “Fizemos uma importante audiência pública e coletamos uma série de ideias, desde guarda costeira, manejo da fauna e da flora, revisões do plano diretor de desenvolvimento urbano para preservar a praia (afim de evitar sombreamento), impactos relacionados ao porto e as consequências ambientais, problemas que envolvem saneamento básico, entre tantas outras questões. O tema do mar tem que ser tratado cotidianamente e Salvador é a cidade com a maior costa do país. Por isso, se faz necessário que tenhamos uma política pública eficaz”, relatou Augusto Vasconcelos.
A estudante de biologia da UFBA, Renata Audrin, comentou que é preciso ter consciência ambiental em todos os aspectos do dia a dia, desde a compra de um simples creme dental ao copo de café. “Todo material utilizado por nós muitas vezes não tem o devido descarte e isso impacta diretamente na vida marinha. Por isso, é preciso ampliar e massificar o diálogo no tema para que a sociedade cuide e tenha a devida atenção com o mar e que não pode ser visto como deposito de plástico”, pontua a estudante.
Para o ano de 2025 o cenário para as novas discussões será na cidade de Valença, no Baixo Sul do Estado, sendo que o local possui uma costa rica em biodiversidade marinha.