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Ministro do STF confirma que recebeu denúncia do senador Marcos do Val, mas que ele não quis depor

O presidente do TSE, ministro do Supremo Alexandre de Moraes

O presidente do TSE, ministro do Supremo Alexandre de Moraes – Adriano Machado – 8.nov.2022/Reuters

 

O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral, afirmou nesta sexta (3) que o complô envolvendo Jair Bolsonaro (PL) relatado pelo senador Marcos do Val (Podemos-ES) foi uma “tentativa Tabajara” de golpe.

O termos alude às Organizações Tabajara, empresa fictícia clássica do humor do grupo Casseta & Planeta, que virou sinônimo de qualquer ação farsesca.

Foi sua primeira manifestação pública após a revelação de uma reunião com o então presidente Jair Bolsonaro (PL) em que teria sido discutida uma trama golpista para revogar a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no pleito do ano passado, que incluía gravar Moraes ilegalmente para constrangê-lo.

Moraes deu detalhes da abordagem que sofreu por parte de Do Val. “Ele solicitou uma audiência como outros deputados e senadores, eu o recebi no Salão Branco [do Supremo]”, afirmou, dizendo que o senador lhe citou a reunião com Bolsonaro e Silveira.

Moraes diz ter solicitado um depoimento a Do Val, mas que ele se recusou.

“Disse que era uma questão de inteligência e não poderia confirmar. O que não é oficial, não existe”, disse Moraes, falando por videoconferência em evento do Lide, organização empresarial capitaneada pelo ex-governador João Doria (SP), em Lisboa.

Agora, contudo, ele afirma que a Polícia Federal seguirá investigando o caso. Falou de forma mais geral das apurações sobre atos antidemocráticos e golpistas.

“As investigações da PF continuarão e vamos analisar a responsabilidade de todos aqueles que se envolveram na tentativa de golpe. Temos informações adiantadíssimas sobre os financiadores, desde o ano passado”, afirmou.

Em sua fala e respondendo a questões posteriores, Moraes defendeu o rigor no trato com os golpistas. “As pessoas têm todo direito de criticar o Supremo, mas ninguém tem direito de agredir verbalmente ou fisicamente um ministro do Supremo, ameaçar a família de ministros”, afirmou.

“Os golpistas confundem a liberdade de expressão de poder criticar os ministros e suas decisões a poder ameaçá-los morte na frente de sua casa. As pessoas que agem assim devem ser presas e responsabilizadas. Só assim vão aprender”, disse.

Folha>Figueirêdo