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Novembro marca o início da colheita de cravo-da-índia em Valença-BA

O cravo-da-índia é uma planta nativa das ilhas Molucas( Indonésia). Uma árvore de ciclo perene que, na fase adulta, costuma atingir  a uma altura de 10 a 15 metros. Além disso, é considerada uma das mais antigas especiarias do mundo, amplamente  utilizada na culinária, perfumaria e também para fins medicinais. A depender das condições do solo e trato, o craveiro vive por mais de 100 anos.

Conforme registros  históricos, a árvore do cravo foi introduzida no Brasil durante a colonização Portuguesa. Tal  especiaria era bastante cobiçada e consumida na Europa( séc. XV).  No período das Grandes Navegações, Portugal tentou monopolizar o comércio asiático dessa e de outras especiarias. Os holandeses foram os primeiros a reagir militarmente contra essa medida imposta pelos lusitanos.

Por volta do século XVII, o craveiro foi plantando, com sucesso, em algumas regiões do continente africano. No Brasil, essa planta se adaptou bem ao solo e clima do baixo sul da Bahia. Atualmente,  Valença é o maior produtor de cravo da região. Seguido dos municípios de Taperoá, Ituberá, Nilo Peçanha, Camamu, Teolândia, Pirai do Norte, Wenceslau Guimarães e Una( parte sul).

Fala-se que as primeiras sementes foram plantadas na região que hoje corresponde ao distrito de Cajaíba e Sarapuí, Valença-BA. Nossa produção é exportada( vendida) para diversos países: Cingapura, Emirados Árabes, Paquistão, México e Estados Unidos. Anualmente, apenas o munícipio de Valença produz em média cerca de 2 mil toneladas do produto. 

A colheita manual é simples e, ao mesmo tempo, perigosa.  De modo triangular, madeiras são amarradas ao tronco e galhos da árvore a fim de facilitar a subida do catador até a copa.

Já a colheita química é mais eficiente e segura, consiste na aplicação de fitohormônio sobre os botões florais, provocando a queda dos mesmos. Trabalho realizado com auxílio de bomba pulverizadora.

Após a colheita, destalamento e remoção de impurezas, os botões florais são expostos ao sol( sobre a lona ou na estufa) e desidratados.

Botões em desidratação parcial.  O valor atual é de R$ 45 por quilo. Preço variável, conforme a demanda e qualidade do produto