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Onipresença de Janja inclui posses, reunião com governadores e mensagem à PF

Superexposição da primeira-dama causa incômodos, mas aliados já dão como certa participação ativa da socióloga em atos do governo

 

A primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja

A primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja – Ueslei Marcelino-9.jan.23/Reuters

 

A primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, foi presença constante nas duas primeiras semanas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Palácio do Planalto.

A socióloga assumiu um protagonismo em agendas oficiais que contrasta com suas antecessoras: compareceu a posses de ministros, participou de reunião com governadores, ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) e parlamentares; e acompanhou de perto a recuperação patrimonial após os atos de vandalismo e destruição causados pelos ataques golpistas de domingo (8).

Que papel Janja, mulher de Lula, tem exercido na campanha do petista

 

Desde a campanha, Janja tem prometido ressignificar o papel da primeira-dama e não se limitar às atribuições normalmente associadas à função, como trabalhos de assistência social. Até o momento, no entanto, não foi definido qual será seu cargo no governo.

As queixas vêm desde antes, da campanha e da organização da posse —o festival e momentos da solenidade foram coordenados por ela. Como a Folha mostrou, o próprio Lula avisou a esposa que a superexposição poderia fomentar críticas..
Outros defendem a socióloga e dizem que a forte presença de Janja traz uma visão mais moderna para a posição de primeira-dama. Esses aliados também apontam um componente machista nas críticas de que Janja estaria se excedendo ao marcar presença nas principais agendas de Lula.

 

Além do mais, defensores da primeira-dama dizem que o perfil da socióloga –uma mulher de personalidade forte que quer ter suas opiniões ouvidas— é um ativo para o presidente.

Vamos precisar de todo mundo', diz Margareth Menezes após aceitar cargo de ministra da Cultura | Bahia | G1

Janja com a ministra Margareth Menezes – Foto – divulgação

A presença de Janja não se limita a acompanhar Lula em agendas. Por sua interlocução com o meio artístico, a ela é creditada a sugestão da ministra Margareth Menezes para chefiar a Cultura e a do número dois da pasta, Márcio Tavares.

A figura proativa rendeu a ela, entre petistas, o apelido de Evita brasileira. Em entrevista no ano passado ao Fantástico, da TV Globo, a socióloga citou a ex-primeira-dama argentina como inspiração. Na mesma conversa, também mencionou a admiração por Michelle Obama.

O papel desempenhado por Janja contrasta com o desempenhado pelas últimas primeiras-damas do país. Michelle Bolsonaro assumiu protagonismo maior durante a campanha à reeleição do marido e teve uma atuação mais ligada ao programa Pátria Voluntária (de estímulo ao trabalho voluntário) e ao apoio a pessoas com deficiência.

Folha> Figueiredo