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Suíca reúne comunidade negra para celebrar os 25 anos da Caminhada Azoany em sessão especial na Câmara de Salvador

Do Pelourinho até a Igreja de São Lázaro no bairro da Federação em Salvador. É dessa forma que a Caminhada Azoany entrou para o calendário anual de eventos da capital da Bahia. São 25 anos de caminhada que foram celebrados em sessão especial na Câmara de Vereadores nesta quarta-feira (30), no plenário Cosme de Farias. A ação é de iniciativa do vereador petista Luiz Carlos Suíca, que responde a um pedido da ‘Associação Comunitária Alzira do Conforto’ (ACAC), presidida por Albino Apolinário. É a ACAC que organiza por mais de duas décadas as homenagens ao orixá e aos santos. O povo negro lotou a Casa Legislativa e reforçou a importância da cultura afro na capital baiana.

“A caminhada em agradecimento ao Nkisi/Orixá e a São Lázaro e São Roque pelas conquistas, pela proteção a saúde e pelo amor já é uma tradição. Estamos abrindo um espaço importante para ampliar os debates sobre as raízes e tradições do povo negro. Essa associação dirigida por Albino envolve setores social, cultural, educacional e comunitário no combate ao racismo e à intolerância religiosa. Sempre participei por acreditar na importância de desenvolver ações culturais para a população negra e atividades empreendedoras. Foi dessa forma que aprendemos a respeitar nossos ancestrais e preservar nossa cultura e tradição”, salienta Suíca que fez todo o trajeto da caminhada na edição de 2023.

De acordo com Apolinário, a caminhada também é uma articulação para dar atenção e participação maior aos profissionais que integram relações e produções culturais. Ele agradece o espaço na Câmara de Salvador e frisa que a Casa também é lugar do povo de matriz africana. “Desde 1998 que pautamos a Política Estadual de Fomento ao Empreendedorismo de Negros e Mulheres [PENM]. A Azoany completa 25 anos e é parte da Rota Ancestral de Salvador com objetivo de somar esforços nas lutas contra a intolerância religiosa, preservação do patrimônio imaterial, integração das mulheres e homens de axé e contribuir para o fortalecimento das heranças africanas”, completa o presidente da ACAC ao premiar 25 pessoas com a estátua de Obaluaê.