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Atos golpistas: Governador Jerônimo reúne áreas de Segurança e Justiça para atuação em conjunto

 

O governador Jerônimo Rodrigues realizou, na manhã desta segunda-feira (9), uma reunião de trabalho com as pastas de Segurança, Justiça e outras áreas estratégicas da gestão para manter a atuação conjunta de monitoramento, acompanhamento e combate aos atos antidemocráticos registrados desde domingo (8) em Brasília.

Dentre as demandas do grupo de trabalho está o cumprimento da ordem do ministro do Superior Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, para que as áreas de acampamento em frente aos quartéis do Exército Brasileiro sejam liberadas.

A agenda desta manhã antecede a reunião com os governadores, nesta segunda-feira (9), agendada para às 18h, na capital federal, com o objetivo de impedir que novos atos antidemocráticos se espalhem pelo país. Segundo o governador Jerônimo, devem continuar as “posturas firmes para que a gente possa continuar fortalecendo a Democracia. A Democracia não vai ser destruída nesse país.

Desde domingo (8), a segurança foi reforçada pela Polícia Militar em alguns prédios públicos na Bahia. Entre os locais monitorados está o Centro Administrativo, em Salvador, onde estão localizados secretarias e outros órgãos da administração pública estadual. O objetivo é evitar a destruição do patrimônio público.

Participaram da agenda, os secretários de Segurança Pública, Marcelo Werner e da Justiça e Direitos Humanos da Bahia, Felipe Freitas, além dos secretários de Gabinete, Adolpho Loyola, e de Relações Institucionais, Luiz Caetano. O comandante da Polícia Militar, Coronel Paulo Coutinho, a delegada-geral da Polícia Civil, Heloísa Brito, e a Procuradora Geral do Estado, Bárbara Camardelli.

 

Secom/Ba> Alberval Figueiredo

Governador Jerônmo Rodrigues age rápido e envia tropa em defesa da democracia

Equipes da Bahia reforçarão as ações preventivas e repressivas contra os golpistas

Setenta policiais militares do Batalhão de Choque da Bahia desembarcaram no início da manhã desta segunda-feira (9), no Aeroporto Internacional de Brasília – Presidente Juscelino Kubitschek. As guarnições baianas reforçarão as ações preventivas e repressivas contra bolsonaristas.

Militares do Controle de Distúrbios Civis (CTDC) e das Companhias de Operações com Cães (COC) e de Patrulhamento Tático Móvel (Patamo) atuarão na proteção dos prédios públicos, na capital federal. “Acabamos de chegar e o empenho será total para a manutenção da ordem”, declarou o comandante do Batalhão de Choque, tenente-coronel Wildon Reis.

Ataque terrorista 
Um grupo de bolsonaristas invadiu a Esplanada dos Ministérios, neste domingo (8), em mais um ato de manifestação antidemocrática contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Durante o ato, os manifestantes chegaram ao Palácio do Planalto atacaram viaturas da Polícia Federal.

Os bolsonaristas jogaram pedras, pedaços de madeira e gritaram palavras de ódio contra os agentes. O ato começou tranquilo durante a manhã e começou a ficar violento por volta das 14h40, quando eles invadiram o Congresso Nacional em posse de bombas de gás lacrimogênio.

Foto: Manu Dias/Gov-BA

Governador Jerônimo Rodrigues acompanhou o embarque da tropa no aeroporto de Salvador

Com a situação, o  governador Jerônimo Rodrigues se manifestou sobre os acontecimentos registrados em Brasília e ofereceu ajuda do Estado da Bahia para a retomada do patrimônio público e a defesa da democracia. 

“É inaceitável o que está acontecendo em Brasília com a invasão do Congresso Nacional, Palácio do Planalto e plenário do STF por bolsonaristas extremistas que defendem a ruptura institucional e o golpe de estado. 

Nós, aqui na Bahia, repudiamos os atos terroristas e nos colocamos à disposição para o envio de efetivo que ajude na retomada dos prédios públicos e garantia do estado democrático de direito”.

Da Redação> Por Alberval Figueirêdo

Exclusivo. SSP-DF orientou PM a agir contra bolsonaristas 2 dias antes de atos terroristas e confirma negligência

Documento interno da SSP-DF assinado dois dias antes de atos terroristas determinou à PMDF impedir acesso à Praça dos Três Poderes

 

Um documento oficial da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF) confirma que houve negligência da Polícia Militar (PMDF) durante os atos terroristas registrados em Brasília, no domingo (8/1).

O Protocolo de Ações Integradas nº 2/2023, obtido pela coluna Grande Angular, deixa explícito que cabia à PMDF manter a ordem e impedir que os extremistas entrassem na Praça dos Três Poderes.

A PMDF não agiu conforme o plano previsto pela SSP-DF, e o resultado foi a invasão e depredação de prédios considerados patrimônios públicos como Congresso Nacional, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal (STF).

O Protocolo de Ações Integradas detalhou como cada órgão distrital e federal atuaria diante do ato violento convocado por bolsonaristas pelas redes sociais. A PMDF seria responsável por 11 ações com objetivo de manter a ordem, segundo o documento de preparação emitido dois dias antes dos atos terroristas, na sexta-feira (6/1).

O texto, assinado pela subsecretária de Operações Integradas, coronel Cíntia Queiroz de Castro, deixa claro que cabia à PMDF “não permitir acesso de pessoas e veículos à Praça dos Três Poderes” e “ficar em condições de empregar tropa especializada em controle de distúrbio, no caso de perturbação da ordem”.

O protocolo também previu que a PMDF deveria “planejar e executar ações de policiamento ostensivo, com objetivo de manter e preservar a ordem pública durante a realização do evento, empregando, para esse fim, efetivos e meios necessários”.

As cenas de guerra registradas na capital federal comprovam que a corporação não cumpriu o papel determinado explicitamente.

Veja todas as atribuições da PMDF previstas pela SSP-DF:

  • Caso seja acionado, realizar o fechamento do trânsito de veículos na Esplanada dos Ministérios, nas vias S1 e N1, entre a Alça Leste e a Via L4 Norte;
  • Planejar e executar ações de policiamento ostensivo, com objetivo de manter e preservar a ordem pública durante a realização do evento, empregando, para esse fim, efetivos e meios necessários, conforme planejamento próprio da instituição e
    o acordado em reunião na SSP, no dia 6 de janeiro de 2023;
  • Executar policiamento e monitoramento nas rodovias distritais e de acesso no DF, com objetivo de prevenir trânsito de veículos de manifestantes para a área central de Brasília, direcionando as caravanas identificadas para estacionamento na Granja do Torto;
  • Reforçar o policiamento ostensivo nas imediações das centrais de distribuição de combustíveis no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA);
  • Executar o policiamento ostensivo de trânsito no deslocamento dos manifestantes, conforme planejamento próprio;
  • Acompanhar o ato durante todo o itinerário, com o objetivo de manter a ordem e a segurança pública, tanto dos participantes da manifestação como das pessoas da comunidade em geral, mantendo a incolumidade das pessoas e do patrimônio e evitando acidentes;
  • Impedir que os manifestantes utilizem objetos, materiais ou substâncias capazes de produzir lesão ou causar dano durante a marcha;
  • Ficar em condições de empregar tropa especializada em controle de distúrbio, no caso de perturbação da ordem;
  • Não permitir acesso de pessoas e veículos à Praça dos Três Poderes, conforme tratado em reunião e Protocolo de Ações;
  • Efetuar interdições parciais ou totais das vias públicas, quando necessárias para a preservação da segurança dos participantes da manifestação e dos demais usuários;
  • Manter reforço de efetivo nas adjacências/perímetro interno dos prédios públicos de toda extensão da Esplanada dos
    Ministérios, Congresso Nacional e Praça dos Três Poderes, bem como na Estação Rodoviária de Brasília.

Bolsonaristas que não aceitam a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como presidente da República não registraram o evento na SSP-DF, como de praxe em manifestações na capital federal.

Mesmo assim, o Governo do Distrito Federal (GDF) sabia do evento e preparou o protocolo de ações integradas com base “em levantamento de inteligência e divulgação em redes sociais”.

 atualizado 09/01/2023 9:15

Site >>Metrópoles >Alberval Figueiredo

PT Bahia convoca ato em Salvador contra as invasões terroristas e em defesa da democracia

 

Pode ser uma imagem de 1 pessoa, em pé, ao ar livre e texto que diz "Ato Nacional Em defesa da DEMOCRACIA E SEM ANISTIA PARA FACISTA GOLPISTAS! SEGUNDA, 09/01 16h- Praça Campo Grande Sal YP PT"

 

O Partido dos Trabalhadores da Bahia convocou a militância para ato contra as invasões terroristas no Palácio do Planalto, Congresso e STF, que ocorreram neste domingo (8), em Brasília.

O ato, que faz parte de uma mobilização nacional em defesa da democracia, será realizado em Salvador nesta segunda-feira (9), com saída às 18 horas do Campo Grande até a Praça Alves. A concentração está programada para as 16 horas.

“Teremos atos no Brasil inteiro e aqui na Bahia não será diferente. Nós do PT Bahia em diálogo com os partidos de esquerda, com as frentes populares e movimentos sociais estamos mobilizando nossa militância e o campo democrático para um grande ato no Campo Grande”, afirmou o presidente do PT Bahia, Éden Valadares.

Repúdio – O Partido repudia os atos de vandalismo de terroristas que invadiram e depredaram a sede dos Três Poderes neste domingo, 08, e reafirma sua irrestrita defesa da democracia, o respeito às instituições democráticas e ao resultado das eleições que elegeu democraticamente o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e que vem sendo contestado por meio de atos violentos por golpistas bolsonaristas.

Após a prisão em flagrante de mais de 400 pessoas que participaram das ações golpistas, o dirigente estadual do PT afirmou que espera que todos os envolvidos respondam perante a lei. “Inclusive os responsáveis pelo financiamento das ações antidemocráticas, que todos sejam identificados, julgados e punidos com o rigor da Lei. Todos aqueles que foram coniventes e permitiram os atos de vandalismo nas instituições públicas também devem responder perante a lei”, destacou Éden.

Da Redação>PT Bahia>Alberval Figueiredo

Petroleiros alertam para possíveis ataques a refinarias e golpistas fazem bloqueios; veja situação nos estados

 

SALVADOR, BRASÍLIA e SÃO PAULO

FUP (Federação Única dos Petroleiros) emitiu nota alertando para possíveis ataques de manifestantes extremistas a refinarias da Petrobras, o que representaria uma nova escalada dos atos golpistas que resultaram neste domingo (8) na depredação do Congresso Nacional, Palácio do Planalto e STF (Supremo Tribunal Federal).

Possíveis ataques a refinarias haviam sido anunciados por bolsonaristas nos últimos dias em redes sociais e teriam como objetivo interromper o fornecimento de combustíveis no país. A movimentação dos terroristas se intensificou em alguns estados na noite de domingo e madrugada de segunda-feira (9).

Por volta das 23h de domingo, em uma rede social, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, cuja base política é o Paraná, alertava para o risco de interdição na Repar (Refinaria Presidente Getulio Vargas), em Araucária.

Fachada da refinaria
Refinaria Duque de Caixas, no Rio de Janeiro – Petrobras / Divulgação

“Os bandidos agora estão tentando impedir as refinarias de distribuir combustíveis”, afirmou ela, destacando imagens do local. “Esse vídeo é de delinquentes lá no Paraná, que estão à frente da Repar, em Araucária. O governo do estado vai deixar? Vai ser conivente com o crime e vandalismo? Cadê a PM do Estado?”, afirmou Gleisi.

Diante das ameaças de ataques, ao longo do domingo, a FUP acionou órgãos federais de segurança, o serviço de inteligência e segurança corporativa da Petrobras e o senador Jean Paul Prates, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para assumir a presidência da Petrobras.

VEJA A SITUAÇÃO EM REFINARIAS, SEGUNDO INFORMAÇÕES DA FUP 0H30

Amazonas

Cerca de 25 manifestantes nas vias de acesso em direção à Reman (Refinaria Isaac Sabbá). Há intenção de impedir entrada de caminhões de abastecimento e há presença de forças de segurança.

Pará
Manifestantes bloqueiam a BR-163 em Novo Progresso e Altamira. PRF presente nos dois locais, monitorando e negociando com manifestantes.

Paraná
Golpistas fizeram bloqueio com terra em duas vias na região metropolitana de Curitiba. Segundo a FUP, o local dá acesso a uma distribuidora próxima à refinaria em Araucária. A Tropa de Choque negocia a retirada do bloqueio na madrugada desta segunda, segundo a FUP.

Rio Grande do Sul
Em Canoas/RS, cerca 30 terroristas estão entre a refinaria e a base da Vibra. Funcionários acessam o local normalmente. Há forças de segurança.

Refinaria Duque de Caxias
A Polícia Militar do Rio de Janeiro informou, na noite deste domingo, que a Tropa de Choque está em frente ao local. Federação destaca que há diversas mensagens circulando nas redes sociais convidando a presença de manifestantes na Reduc e Distribuidoras de combustíveis em Caxias. Chegada de oito manifestantes às 23h45.

Betim/MG
Cerca de 40 bolsonaristas no local, sem bloqueio. Polícia Militar no local. Há informações de que dois ônibus estariam se dirigindo para o local durante a madrugada, segundo a FUP.

São José dos Campos/SP : Todos os caminhões carregaram na Base do vale do Paraíba, Empresa Vibra (antiga BR-Distribuidora). No início da manhã a Polícia Militar precisou negociar com os manifestantes. Permanecem acampados aproximadamente 50 deles. Polícia Militar no local.

 

Exército impede entrada da PM em área de acampamento bolsonarista

Polícia do Exército barra entrada de policiais com blindados na noite deste domingo (8), após atos golpistas na Esplanada

 

O Exército impediu na noite deste domingo (8) a entrada da Polícia Militar do Distrito Federal na área em que bolsonaristas extremistas estão acampados em Brasília, em frente ao quartel-general da Força.

Diversas viaturas da PM se dirigiram ao local após os ataques contra as cúpulas dos três Poderes, perpetrados por pessoas acampadas em frente o quartel-general.

Soldados da Polícia do Exército, equipados com escudos, formaram um cordão que impediu a passagem da PM. Foram posicionados três blindados para reforçar o bloqueio.

Um cordão de soldados da Polícia do Exército obstrui a entrada na rua que dá acesso ao quartel-general do Exército, em Brasília. Na foto, é possível ver blindados estacionados para impedir a passagem de veículos.

Polícia do Exército usa blindados e impede entrada da PM em área de acampamento bolsonarista. – Cézar Feitoza/ Folhapress – 09.01.23

Fontes militares com conhecimento do assunto afirmaram que os policiais do DF tentaram entrar no Setor Militar Urbano, onde fica o quartel-general, sem aval do Exército.

Autoridades chegaram a se reunir para definir o que fazer no local. O interventor nomeado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Ricardo Capelli, participou da conversa.

Após um período, a PM se retirou do local. Os blindados também voltaram para o quartel, mas o cordão de soldados permanece.

O quartel-general fica localizado numa área de responsabilidade militar.

Na noite deste domingo, bolsonaristas radicais que invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes voltaram ao quartel-general.

A segurança no local foi reforçada pela Polícia do Exército. Logo na entrada, soldados pediam para que os golpistas desmontassem as barracas.

Os bolsonaristas, no entanto, se negaram a retirar as estruturas e não foram forçados a deixar o espaço.

Uma cozinha montada no local serve sopa para os bolsonaristas. A Folha flagrou pessoas chegando com engradados de água e de leite ao acampamento.

O Exército passou a proibir no fim de semana a entrada de carros na região do Setor Militar Urbano, onde fica o QG. Apesar disso, a quantidade de barracas aumentou de sexta-feira (6) para domingo com a chegada de caravanas de bolsonaristas radicais.

A maior parte dos bolsonaristas voltou da Esplanada dos Ministérios ao quartel-general do Exército a pé. O fluxo de pessoas aumentou por volta das 19h30, cerca de uma hora após as forças policiais retirarem os golpistas das proximidades da Praça dos Três Poderes.

Durante a tarde de domingo, o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, se reuniu com o comandante do Exército, Júlio César de Arruda, e outros generais no Comando Militar do Planalto.

No encontro, Múcio e os generais avaliaram que os bolsonaristas não devem mais ficar em frente ao QG do Exército

Segundo relatos feitos à Folha, a cúpula do Exército e do Ministério da Defesa ainda querem evitar o confronto com os golpistas, que pedem intervenção militar contra a vitória de Lula.

Para encerrar o acampamento, portanto, os militares decidiram endurecer a estratégia de estrangular a logística dos bolsonaristas que pernoitam na frente do quartel-general.

A tática tem sido criticada por membros do governo Lula, que defendem uma ação mais incisiva do Exército para a retirada dos bolsonaristas.

Da Redação>Folha>> Alberval Figueiredo

Moraes afasta governador do DF do cargo após vandalismo em Brasília

Ministro determinou suspensão das funções públicas de Ibaneis Rocha por 90 dias

 

BRASÍLIA

O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou o afastamento do cargo do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB).

A suspensão determinada por Moraes vale por 90 dias e ocorre horas depois que bolsonaristas radicalizados invadiram e depredaram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o STF.

 

Manifestantes golpistas invadem áreas do Congresso, do Planalto e do STF – Marcelo Camargo/Agência Brasil

 

O ministro também determinou a desocupação de todos os acampamentos montados nas imediações de quartéis do Exército pelo país.

O afastamento foi determinado a pedido do líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (Rede-AP). A solicitação do parlamentar afirmou que o emedebista tem notória inaptidão para o cargo.

Outras ordens foram expedidas em ação apresentada pela AGU (Advocacia-Geral da União). Na tarde deste domingo (8), o presidente Lula já havia decretado intervenção federal na Segurança Pública do DF.

Moraes também mandou apreender “todos os ônibus identificados pela Polícia Federal que trouxeram os terroristas para o Distrito Federal” e listou a placa de 87 veículos.

Além disso, proibiu, “até o dia 31 de janeiro, o ingresso de quaisquer ônibus e caminhões com manifestantes no Distrito Federal” e determinou a oitiva de todos os passageiros.

Também mandou a Agência Nacional de Transportes Terrestres manter e enviar o registro de todos os veículos que ingressaram no DF entre os dias 5 e 8 de janeiro de 2023.

O ministro determinou que a Polícia Federal obtenha todas as imagens de câmeras da capital que possam auxiliar no reconhecimento facial dos vândalos. Ele também manda bloquear 17 perfis nas redes sociais.

O ministro diz na decisão que o diretor da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, requereu providências contra 14 perfis que “continuam estimulando a prática de atos violentos e antidemocráticos”.

Ministro do STF Alexandre de Morais

Também citou que a “assessoria de combate à desinformação do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) encaminhou relatório apontando outros três perfis que “insistem na prática delituosa contra a Democracia e o Estado de Direito”.

O ministro classifica os episódios deste domingo como “desprezíveis ataques terroristas à Democracia e às instituições republicanas” e diz que todos serão responsabilizados.

Ele afirma que as invasões às sedes dos Três Poderes só “poderia ocorrer com a anuência, e até participação efetiva, das autoridades competentes pela segurança pública e inteligência, uma vez que a organização das supostas manifestações era fato notório e sabido, que foi divulgado pela mídia brasileira”.

Moraes lista fatos que o levam a entender que houve “omissão e conivência de diversas autoridades”. São eles: “a ausência do necessário policiamento” da PM do DF; a autorização para a entradas de ônibus de manifestantes em Brasília “mesmo sendo fato notório que praticariam atos violentos e antidemocráticos”; e a “total inércia no encerramento do acampamento criminoso na frente do QG do Exército”.

O ministro também cita o “descaso e conivência do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública e, até então, Secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres”, e afirma que a responsabilidade dele “está sendo apurada em petição em separado”.

Ele diz que a omissão de Torres “só não foi mais acintoso do que a conduta dolosamente omissiva do Governador do DF, Ibaneis Rocha, que não só deu declarações públicas defendendo uma falsa ‘livre manifestação política em Brasília’ mesmo sabedor por todas as redes que ataques às instituições e seus membros seriam realizados”.

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Para o magistrado, nada justifica a manutenção dos acampamentos.

“Na presente hipótese, verifico haver necessidade de se impor medida cautelar diversa da prisão –uma vez que não houve representação da PF ou requerimento da PGR pela prisão preventiva– consistente na suspensão do exercício da função pública”.

O ministro afirma que o afastamento do cargo é necessário para impedir que o chefe do Executivo destrua provas sobre possíveis omissões que levaram à atuação leniente da PM do DF.

A ação de apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) neste domingo ocorre uma semana após a posse de Lula, antecedida por atos antidemocráticos insuflados pela retórica golpista do ex-presidente no período eleitoral.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, disse na noite deste domingo que cerca de 200 pessoas foram presas no ato de vandalismo que ocorreu em Brasília. Já a Polícia Civil falou em 300.

Somente a Secretaria de Polícia do Senado Federal prendeu em flagrante 30 manifestantes que invadiram o plenário da Casa e o Salão Negro da Câmara dos Deputados.

Eles foram detidos pelos crimes de dano ao patrimônio e de invasão de prédios públicos, entre outros. Os presos foram levados inicialmente para a delegacia da Polícia do Senado, que fica no Congresso.

“Eu repito o que eu disse: esses acampamentos são incubadores de terroristas. Os fatos comprovaram que a frase era correta”, afirmou Dino.

O presidente Lula afirmou que todos os manifestantes golpistas que invadiram e vandalizaram as sedes dos Três Poderes serão encontrados e punidos.

O presidente afirmou que os manifestantes poderiam ser chamados de nazistas e fascistas e disse que a esquerda nunca protagonizou um episódio similar a este no Brasil.

Lula havia viajado para Araraquara (SP) neste domingo para analisar os danos causados pelas intensas chuvas no município nas últimas semanas, mas retornou a Brasília na noite deste domingo.

Na capital federal, vistoriou os estragos causados por militantes bolsonaristas. Ele visitou o Palácio do Planalto e conferiu de perto os danos causados nas janelas, os móveis arremessados pelo prédio e as fotos arrancadas da galeria dos ex-presidentes. Pelo chão, também era possível ver diversos projéteis de borracha disparados pelos agentes de segurança.

O presidente foi recebido de maneira improvisada, na parte de fora do prédio vandalizado, pela presidente da corte, ministra Rosa Weber.

Após inspecionar o Planalto, Lula saiu em um grande comboio de carros rumo ao STF, que foi a terceira sede de Poder invadida pelos manifestantes golpistas.

Da Redação>Folha>Alberval Figueiredo

 

 

 

Lula decreta intervenção na segurança do Distrito Federal e diz que golpistas são fascistas

 

Bolsonaristas invadem Congresso Nacional, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília – Evaristo Sá/AFP

 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou neste domingo (8) que todos os manifestantes golpistas que invadiram e vandalizaram as sedes dos Três Poderes serão encontrados e punidos.

O petista disse que eles são verdadeiros vândalos e anunciou a intervenção federal na área de segurança do Distrito Federal até o fim de janeiro.

Lula disse que os manifestantes poderiam ser chamados de nazistas e fascistas e disse que a esquerda nunca protagonizou um episódio similar a este no Brasil.

“Eles vão perceber que a democracia garante direito de liberdade, livre expressão, mas ela também exige que as pessoas respeitem as instituições que foram criadas para fortalecer a democracia”.

Lula havia viajado para Araraquara (SP) neste domingo para analisar os danos causados pelas intensas chuvas no município nas últimas semanas. Ele transformou a prefeitura em gabinete de crise para avaliar atos golpistas.

À tarde, manifestantes golpistas entraram na Esplanada dos Ministérios, invadiram áreas do Congresso, do Planalto e do STF (Supremo Tribunal Federal), espalharam atos de vandalismo em Brasília e entraram em confronto com a Polícia Militar.

A ação de apoiadores de Jair Bolsonaro ocorre uma semana após a posse de Lula, antecedida por atos antidemocráticos insuflados pela retórica golpista do ex-presidente no período eleitoral.

Supporters of Brazil's former President Jair Bolsonaro demonstrate against President Luiz Inacio Lula da Silva, outside Planalto Palace in Brasilia, Brazil, January 8, 2023. REUTERS/Ueslei Marcelino ORG XMIT: MEX

Os manifestantes vieram em grande parte do acampamento diante do Quartel-General do Exército em Brasília. Eles chegaram à Esplanada e se concentraram inicialmente em frente ao Ministério da Justiça.

Os manifestantes avançaram para a Praça dos Três Poderes, onde houve confronto. Em seguida, se dirigiram ao Palácio do Planalto, onde conseguiram acessar diferentes andares.

Imagens do Palácio do Planalto mostram vidros quebrados, móveis atirados para fora do prédio, computadores e monitores no chão e ao menos um quadro rasgado.

Os manifestantes puderam circular livremente pelo interior do Planalto, inclusive pela rampa interna do Palácio –usada pelo presidente na posse e na recepção de autoridades estrangeiras. Os vândalos conseguiram, com isso, chegar perto do gabinete da Presidência da República.

Os apoiadores se dirigiram ainda ao STF, onde depredaram o Plenário onde acontecem as sessões de julgamento com a presença dos ministros do Supremo. Móveis de maneira foram revirados e danificados, vidros quebrados, documentos espalhados e cadeiras arrancadas do chão.

Um brasão da República foi retirado de uma das paredes do STF e removido do edifício junto com uma poltrona também retirada do prédio. Os manifestantes também usaram uma mangueira de incêndio para inundar o local. No STF, os vândalos chegaram ainda a pichar nas janelas a frase “perdeu, mané” e também vandalizaram com a frase a escultura “A Justiça”, feita em 1961 pelo artista plástico Alfredo Ceschiatti e que fica em frente ao Supremo.

Os manifestantes vieram em grande parte do acampamento diante do Quartel-General do Exército em Brasília. Eles chegaram à Esplanada e se concentraram inicialmente em frente ao Ministério da Justiça.

Os manifestantes avançaram para a Praça dos Três Poderes, onde houve confronto. Em seguida, se dirigiram ao Palácio do Planalto, onde conseguiram acessar diferentes andares.

Imagens do Palácio do Planalto mostram vidros quebrados, móveis atirados para fora do prédio, computadores e monitores no chão e ao menos um quadro rasgado.

Os manifestantes puderam circular livremente pelo interior do Planalto, inclusive pela rampa interna do Palácio –usada pelo presidente na posse e na recepção de autoridades estrangeiras. Os vândalos conseguiram, com isso, chegar perto do gabinete da Presidência da República.

Os apoiadores se dirigiram ainda ao STF, onde depredaram o Plenário onde acontecem as sessões de julgamento com a presença dos ministros do Supremo. Móveis de maneira foram revirados e danificados, vidros quebrados, documentos espalhados e cadeiras arrancadas do chão.

Um brasão da República foi retirado de uma das paredes do STF e removido do edifício junto com uma poltrona também retirada do prédio. Os manifestantes também usaram uma mangueira de incêndio para inundar o local. No STF, os vândalos chegaram ainda a pichar nas janelas a frase “perdeu, mané” e também vandalizaram com a frase a escultura “A Justiça”, feita em 1961 pelo artista plástico Alfredo Ceschiatti e que fica em frente ao Supremo.

Policiais militares do Distrito Federal foram vistos à distância do local sem reagirem diretamente, apenas tirando fotos dos acontecimentos com seus celulares.

Em Brasília, em reação às bombas, manifestantes soltaram fogos de artifício. No confronto, atiraram grades de ferro e outros objetos contra os policiais, que tiveram carros quebrados.

Integrantes do governo Lula, da Polícia Federal e do STF creditam ao governo do Distrito Federal, em especial à Secretaria de Segurança local, comandada pelo ex-ministro da Justiça Anderson Torres, a responsabilidade pela invasão e pela depredação dos golpistas.

Torres foi ministro da Justiça de Bolsonaro e está de férias neste domingo nos Estados Unidos.

Outro responsabilizado tem sido o atual ministro da Defesa, José Múcio. O titular da pasta defendeu durante a transição e na primeira semana de governo uma estratégia gradual de desmobilização dos acampamentos antidemocráticos em frente a quartéis, se opondo ao emprego de medidas coercitivas.

Os manifestantes bolsonaristas com pedidos golpistas estavam no Quartel-General do Exército, na capital federal, e conseguiram invadir os prédios na Praça dos Três Poderes. O acampamento existe desde a vitória eleitoral de Lula e é ocupado por bolsonaristas inconformados com a derrota do ex-presidente e defensores de um golpe militar contra o petista.

O presidente Lula não está em Brasília neste final de semana —viajou para São Paulo e visitava Araraquara, no interior paulista, para acompanhar vítimas das chuvas.

O governo Lula prometia desmobilizar os acampamentos montados por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro em frente ao quartel-general do Exército, em Brasília.

Na última quarta-feira (4), o ministro da Justiça, Flávio Dino, havia afirmado que “até sexta-feira”, 6 de janeiro, as mobilizações antidemocráticas seriam resolvidas.

“A condução que eu tenho com o [José] Múcio [ministro da Defesa] é de que estará resolvido até sexta”, disse.

No entanto, o que se viu foi o oposto. Além de não ter conseguido expulsar os manifestantes, o governo teve que acionar a Força Nacional para reforçar a segurança da Esplanada dos Ministérios.

Folha>Aberval Figueiredo

 

O que a questão das drogas tem a ver com justiça e democracia?

 

Um diálogo entre Fernando Henrique Cardoso e Luís Roberto Barroso

 / auditório da Fundação FHC

 

Ministro Luís Roberto Barroso do Supremo Tribunal Federal

O ministro Luís Roberto Barroso, que defendeu a legalização das drogas Carlos Humberto/STF/Divulgação

 

Não basta descriminalizar o porte de drogas para uso pessoal. É preciso legalizar e regulamentar a produção e a venda, começando pela maconha. Foi o que defendeu o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, no seminário “Descriminalização do Uso de Drogas: um Debate Inadiável”, na Fundação Fernando Henrique Cardoso. “Meu objetivo número 1 é quebrar o poder do tráfico”, disse Barroso.

“Não adianta ficarmos obcecados em eliminar o consumo de drogas no mundo, pois não vamos conseguir. É muito melhor fazer como foi feito com o cigarro, cuja política de controle adotada no Brasil é hoje um exemplo mundial”, defendeu o ex-presidente FHC.

“Existe muita confusão em relação a termos como descriminalização, legalização e regulação. Gostaria que os debatedores esclareçam essa questão”, pediu o diplomata Miguel Darcy de Oliveira, que moderou o encontro.

Já o pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz, Francisco Inácio Bastos, coordenador da Pesquisa Nacional sobre Crack, criticou os limites existentes para estudar drogas no Brasil. “Com frequência surgem produtos novos e não é possível monitorar essas substâncias se a gente não sabe do que se trata. Como transportá-las para a Fiocruz? São meses de burocracia e, se eu for parado numa blitz, posso ser considerado traficante. É muito importante que a ciência possa trabalhar com liberdade e em diálogo com a sociedade”, disse Bastos.

Dobra o percentual de crianças de 10 a 12 anos que entram para o tráfico no  Rio, diz estudo de ONGs - 31/07/2018 - UOL Notícias

Nota da Redação

Trata-se de um tema de extrema importância para sociedade. É necessário convidar para o debate médicos especialistas, que poderão explicar de que maneira o uso da maconha é o primeiro passo para o acesso às outras drogas como a cocaina e outras sintéticas.

Assistimos todos os dias, famílias destruídas, mães desesperadas pedindo socorro para salvar seus filhos, quando muitos deles chegam a assassinar mães e pais em buca do dinheiro para comprar drogas. E o sistema policial como vai funcionar, a justiça como julgará? Trata-se de um debate amplo e profundo. O tráfico já está com ramificações decisórias na polícia e na justiça.

Por falta de políticas públicas os jovens já são cooptados pelo tráfico formando verdeiros exércitos.

 

Da Redação por Alberval Figueiredo – Jornalista

Repórter resolve insônia com duas jujubas de maconha da 1ª loja oficial de Nova York

Local no East Village abre com filas e plano de vendas online; cidade estima que indústria possa criar 24 mil empregos

 

Pessoas esperam em fila para comprar Cannabis em Manhattan, Nova York

Pessoas esperam em fila para comprar Cannabis em Manhattan, Nova York – Eduardo Munoz – 29.dez.22/Reuters

Lúcia Guimarães
NOVA YORK

Apesar de Nova York não ser a pioneira na legalização da venda de cânabis recreativa nos Estados Unidos, a inauguração da primeira loja especializada na substância na cidade seguiu o dilema filosófico: se uma árvore cai na floresta e ninguém nota, ela faz barulho?

Como a fila tem ocupado diariamente todo o quarteirão da Broadway, no sul de Manhattan, epicentro da atenção nacional e internacional, pode-se dizer que a venda de maconha faz uma barulheira desde o último dia 29, quando foi inaugurada a Housing Works Cannabis Store.

Na tarde da última quinta-feira (5) a longa aglomeração se destacava por outra característica não associada a nova-iorquinos nativos: estranhos puxavam conversas amistosas como se fossem conhecidos. Também não é comum uma fila voluntária, associada a recreação, reunir idosos e adolescentes —estes isolados do mundo por fones de ouvido.

“A experiência em varejo fez da Housing Works um símbolo ideal para inaugurar o programa”, diz Dawson, destacando também que a fundação recruta funcionários entre a população que atende, em muitos casos “tirando gente das ruas para ter um emprego decente”.

Justiça social é fator na concessão de licenças no modelo nova-iorquino, explica a supervisora. “Queremos privilegiar e engajar indivíduos e famílias de condenados por porte de maconha, penalizadas desproporcionalmente por antigas práticas de policiamento.”

A prefeitura estima que a nova indústria pode criar até 24 mil empregos e gerar vendas de US$ 1,3 bilhão (R$ 6,8 bilhões) na cidade cuja economia continua castigada pelo choque da pandemia de Covid, com mais da metade dos espaços comerciais vazios.

Da Redação>Folha.>Alberval Figueiredo